segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

A LUTA QUE NOS ESPERA!

Ao findar 2009, vamos nos dando conta da luta travada no decorrer deste ano para nos mantermos visceralmente articuladas ao Projeto Ético-Político profissional.
Estamos vivendo um tempo de escolhas! E estas podem estar comprometidas simplesmente a nada, a negociatas, à hipocrisia, à luta, à tomada de decisões, ao conformismo, à mesmice.
E este ano, para o Serviço Social, a escolha vem se materializando através de uma luta surda no interior da categoria, de desconstituição do Projeto Ético-Político da profissão. Porque para materializá-lo no cotidiano é necessário tomar posição, é dizermos o lado em que estamos, qual a luta que vamos lutar. E não é fácil, porque toda posição implica em perdas!
O ano de 2010 se prenuncia como um novo caminho em que é necessário consolidar nosso Projeto Ético-Político profissional de vez, logo, a escolha pela sua consolidação vai implicar em permanecer na luta, na resistência. Este é o desafio que a categoria dos assistentes sociais tem que enfrentar em um novo ano que se prenuncia no horizonte profissional.
Bom 2010 a todos! Boa luta!

Assistente Social Maria da Graça Maurer Gomes Türck

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

REDE: Serviço Social Legal na Ulbra de Carazinho

Damos destaque, aqui, ao blog Serviço Social Legal, dos alunos da Ulbra de Carazinho.

A sinopse do blog:
Somos o Serviço Social da ULBRA Carazinho. Acreditamos na profissão que escolhemos e somos felizes com nossa escolha. Queremos compartilhar com você o nosso Curso e a Profissão! Sejam Todos Bem Vindos!!!

Clique aqui e acesse para conferir!

QUESTÃO SOCIAL: o protagonismo como ferramenta de transformação

Estudantes dão exemplo de cidadania

Alunos do Ensino Médio da Escola Estadual Campos Sales desenvolveram uma atividade inédita no município de Floriano Peixoto durante este ano. Eles pesquisaram sobre a realidade das comunidades e apresentaram possíveis alternativas para os problemas detectados. Os 23 estudantes realizaram entrevistas, pesquisas e análises sobre a origem e a formação das populações rurais, o problema da água, a produção e destinação do lixo, a situação da agricultura, além da formação e funcionamento dos conselhos municipais. A partir disso, elaboraram projetos em cada área, com sugestões de ações que podem ser implantadas para resolver os problemas e acelerar o desenvolvimento do município. Como a maioria das ações está relacionada com a atuação do poder público municipal, sindicatos e cooperativas, os projetos foram apresentados ao prefeito Vilson Babicz, secretários municipais, representantes da Cooperflor, Cresol, Emater e Sindicato da Agricultura Familiar.

Na área agrícola, os alunos sugeriram a mudança da matriz produtiva, o incentivo à diversificação e a transformação dos produtos no município. O vice-presidente da Cresol, Dair Caczanoski, apresentou os dados dos financiamentos contraídos este ano pelo Programa Mais Alimento, indicando que R$ 1,5 milhão foram investidos. ''No entanto, grande parte deste recurso foi aplicada em máquinas e equipamentos. Nosso desafio é perceber que, apesar de ser fácil fazer essas compras, é preciso pensar mais estrategicamente'', afirmou. O secretário da Agricultura do município, Geraldino Moroskoski, mostrou um comparativo de rendimento entre uma mesma área plantada com soja e um pomar de pêssegos. ''O rendimento das frutas chega a ser cinco vezes maior e mesmo assim há agricultores desativando essa produção'', destacou.

Na questão do abastecimento, os alunos também sugeriram a captação de água do rio Pirassucê e a construção de cisternas e minicisternas para aproveitar a água da chuva. O prefeito Vilson Babicz disse que o município tem projeto para captação de água no ginásio municipal e nas sedes das comunidades. ''A água é o nosso maior delimitador do desenvolvimento. Uma estrutura de reciclagem de lixo implantada no município teve que ser desativada porque consumia 10 mil litros por hora'', afirmou. No final do encontro, Babicz anunciou que pretende convocar os jovens para participar das reuniões de planejamento da administração municipal e dos conselhos formados na cidade.

- via e-mail
JOSÉ ODY
jody@correiodopovo.com.br

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

OS DESAFIOS PROFISSIONAIS EM CONTEXTOS DE PRÁTICAS MULTIDISCIPLINARES

No dia 15.12.2009 foi concluído o curso “A Consolidação de Equipe Multidisciplinar no Atendimento a Violação de Direitos: Possibilidades e Limites”. Curso direcionado a profissionais assistentes sociais e psicólogos lotados no Centro de Referência Especializado de Assistência Social de Gravataí/RS. O conteúdo do curso veio ao encontro das dificuldades cotidianas de se comporem equipes multidisciplinares nos espaços institucionais. Logo, o processo pedagógico escolhido foi articular a teoria e a prática a partir de oficinas para que se consolidasse a Rede Interna, na garantia da flexibilização da escuta, do compartilhamento do conhecimento e de disponibilidade para executar.

A partir deste curso se pôde fazer uma reflexão que vai além do vivido, mas que está posto em diferentes espaços onde se inserem diferentes categorias profissionais para levar adiante processos de trabalho qualificados.

Para estar em grupos profissionais, em equipes, é necessário, antes de tudo, consolidar as identidades profissionais a partir da explicitação do objeto das profissões que vão compor estes grupos, estas equipes. É o objeto profissional apropriado e materializado nos espaços institucionais que vai assegurar a composição de equipes multidisciplinares impedindo que as disputas do que é meu e do que é teu, inviabilizem possibilidades de trabalhos coletivos. Logo, a articulação do conhecimento específico da profissão e da apropriação do objeto profissional vai consolidar a identidade da profissão nos espaços institucionais. Este é o maior desafio para construir coletivos profissionais qualificados e competentes sem a perda da identidade profissional, anulando disputas e ranços profissionais que, se não contidos, vão se materializar no cotidiano pela violação de direitos dos usuários das políticas públicas transversais a diferentes processos de intervenção de qualquer categoria profissional que vá trabalhar com sujeitos que trazem em suas vidas as expressões da Questão Social.

Confira alguns momentos do curso:

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

A PERÍCIA SOCIAL COMO ESPECIFICIDADE DO SERVIÇO SOCIAL NA INTERLOCUÇÃO E MEDIAÇOES DE DIREITOS!

No dia 03/12/2009, mais um Curso de Perícia Social, ministrado em Porto Alegre, pela GRATURCK foi concluído. Foi uma semana intensa, de articulação da teoria com a prática, de aprendizagem, compartilhamento e debates. Ao final, cansadas, mas inteiras, nós assistentes sociais fomos nos dando conta que a Perícia Social como especificidade da profissão explicita a interlocução e mediações de direitos na materialização da profissão nos espaços jurídicos e, conseqüentemente, a consolidação do Projeto Ético-Político profissional. Logo, neste momento é importante iniciarmos uma reflexão, realizando um contraponto, a partir dos fundamentos da profissão, respeitando a posição contrária, sobre este espaço de trabalho que se materializa para os assistentes sociais como um campo de trabalho autônomo. No entanto, sabemos que esta possibilidade só poderá se consolidar se a categoria superar as idiossincrasias teóricas que acompanham a concepção de Perícia Social.

Do nosso ponto de vista, não é mais possível aceitar que a Perícia Social seja tratada como instrumento e que o Estudo Social, cuja história está vinculada à própria identidade da profissão, como documento específico do Serviço Social, seja tratado como uma metodologia de avaliação pura e simplesmente. Não é mais possível aceitar que a materialidade da profissão seja confundida e considerada como pareceres, laudos e relatórios. Estas concepções, a nosso ver, reduzem o Serviço Social à dimensão de instrumento e, depois, nos contextos de prática, se contesta a precarização da profissão!

Pode-se afirmar que a Perícia Social como especificidade do Serviço Social nada mais é do que “um processo de avaliação que implica no desvendamento da Questão Social na vida dos sujeitos cujas situações demandam a intervenção da Justiça a partir da interlocução e mediações de direitos” (2008.1). E esta concepção vem da especificidade do Serviço Social através de seus fundamentos a partir da Perícia como campo de interlocução com o judiciário que vem se constituindo como um espaço aberto a todas as profissões e se materializa como um campo de exercício de trabalho autônomo a contabilistas, psicólogos, psiquiatras, engenheiros, médicos de qualquer especialidade e assistentes sociais, dentre tantos outros. A partir desta perspectiva, é a especificidade de cada profissão que vai determinar a característica das avaliações, dando visibilidade no campo jurídico a Perícia Psiquiátrica, a Perícia Psicológica, a Perícia Contábil, a Perícia Social, etc... Assim, demarcando o campo de conhecimento que estará avaliando o que foi solicitado pela Justiça, para que a mesma atue com conhecimento de causa fornecido por outras profissões que colocam seus conhecimentos específicos a serviço da interlocução com o judiciário, a partir de um conflito de interesses.

No entanto, neste campo de trabalho, um número expressivo de profissionais assistentes sociais se apropria da Perícia Social como instrumento, deixando de lado a compreensão de que ela se torna uma especificidade na materialização do Projeto Ético-Político profissional na interlocução e mediações de direitos entre os sujeitos e a Justiça.

Este entendimento vem proporcionando um processo teórico confuso que tem repercussões sérias, tanto para os usuários, como para os profissionais que a executam. Esta apropriação vem se firmando recentemente (2009), na categoria, explicitando uma confusão existente em relação à compreensão de que Estudo Social é o mesmo que Perícia Social. Equívoco histórico a nosso ver, que vem gerando a precarização do trabalho dos assistentes sociais lotados nas prefeituras. Estes estão sendo “sutilmente” convocados a prestarem serviços ao judiciário em detrimento à operacionalização das políticas públicas para que foram contratados, suprindo sem remuneração a carência de assistentes sociais no âmbito do Judiciário.

Logo, o Serviço Social a partir desta apropriação, no nosso entender, retoma a complementaridade que na época, pelos idos de 1917, Mary Richmond pontuou ao afirmar que o Serviço Social destinava-se a ser também “um auxiliar nos setores da medicina, da pedagogia, da jurisprudência e da indústria”. E, ao mesmo tempo, também retoma a subserviência, escancarando a sua própria contradição: avanço no campo teórico na apropriação dos fenômenos sociais e retrocesso na materialização da profissão na “prática miúda” dos assistentes sociais!

Assistente Social Maria da Graça Maurer Gomes Türck

Confira alguns momentos do curso:




quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

A Graturck apóia Luiza Erundina

- do site do CONGEMAS (Colegiado Nacional de Gestores Municiapais da Assistência Social)

A Deputada Federal e ex-Prefeita de São Paulo Luiza Erundina foi condenada a devolver R$ 350.000,00 por um anúncio publicado, em 1989, a favor da greve geral dos trabalhadores.

Luiza Erundina tem uma história de lutas a favor da democracia, da cidadania e dos trabalhadores.

Por conta deste anúncio, ela - que hoje tem 75 anos - teve seu único apartamento penhorado e está tendo todos os meses 10 por cento de seu salário bloqueado.

Luiza Erundina tem uma história marcante. Uma história e uma trajetória que enchem de orgulho o CONGEMAS.

Assim, estamos juntos num amplo movimento para arrecadarmos, em uma ampla parceria, os R$ 350.000,00 para que a dívida seja paga.

ENTRE NO MOVIMENTO LUIZA, EU APOIO VOCÊ

Deposite o que você puder no Banco do Brasil. Agência 4884-4. Conta corrente: 2009-5

O Presidente do CONGEMAS conversou com a Deputada Luiza Erundina e ela fez questão de nos encaminhar vários documentos.


- Folha de São Paulo de 15 de março de 1989
- Folha de São Paulo de 17 de março de 1989
- Diário Popular de 17 de março de 1989
- Carta histórico

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

GRATURCK no Seminário 30 anos do Congresso da Virada, realizado nos dias 16 e 17 de novembro de 2009 no Centro de Convenções Anhembi - São Paulo/SP

De Porto Alegre-RS para São Paulo-SP

Chegada ao Anhembi

A.S. Rosa Souza, A.S. Regina Martins, A.S. Maria da Graça Türck e Est. S.S. Daiane F. Oliveira

Abertura do evento

Depoimentos de sujeitos que participaram do Congresso da Virada em 1979: Leila Lima, Vicente de Paula Faleiros, Josefa Batista Lopes, Márcia Pinheiro, Luiza Erundina, Maria Inês Bravo, Mariângela Belfiori, dentre outros nomes.

Registros de participação no Seminário 30 anos do Congresso da Virada
-

O Congresso da Virada:

Hora de reafirmar e consolidar o Projeto Ético-Político do Serviço Social

Trinta anos passaram de um tempo em que a categoria dos assistentes sociais, articulada e comprometida com a classe trabalhadora fez, no III CBAS, a ruptura com a posição conservadora que dominava parte da categoria e destituiu a comissão de honra daquele Congresso (1979) composta pelo ditador Gal. João Batista Figueiredo e seus ministros, Murilo Macedo (do Trabalho), Jair Soares (da Previdência e Assistência Social), Paulo Salim Maluf (governador biônico do estado de São Paulo) e Reynaldo Emydio de Barros (prefeito da cidade de São Paulo), e a substituiu pelos representantes da classe trabalhadora do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo que, na época, fazia frente à Ditadura, que comandava a repressão contra qualquer movimento social que a confrontasse na defesa dos seus direitos ameaçados.
Rememorar este momento é se orgulhar desta profissão que ao assumir uma outra orientação social, materializou para as novas gerações de profissionais que é preciso ousar, é preciso caminhar na resistência, que só assim é possível consolidar a profissão.
Dentre vários nomes de assistentes sociais que assumiram a liderança deste momento, a assistente social Luiza Erundina foi um marco na ruptura do atrelamento ao conservadorismo que durante décadas demarcou a subserviência profissional.
E, hoje, aos 75 anos, Luiza Erundina, ex-prefeita de São Paulo, assistente social combativa, defensora dos direitos, foi condenada no dia 30/10/2009, pelo Supremo Tribunal Federal, por malversação do dinheiro público, tendo que devolver aos cofres municipais R$ 350.000,00.
"Seu crime foi ter impresso cartazes explicando à população que os ônibus municipais de São Paulo não circulariam nos dias 14 e 15 de março de 1989 em apoio a greve geral convocada pela Central Única dos Trabalhadores. A greve havia sido convocada em protesto contra o 'Plano Verão', uma das últimas tentativas do então presidente José Sarney de salvar o Plano Cruzado." (IstoÉ, 12/11/2009).
É assim que a classe dominante, e o seu conservadorismo, trata a honestidade, o respeito as diferenças e o respeito aos direitos. Ela não precisa fazer nenhum esforço, a Justiça costumeiramente escolhe o seu lado, como o fez ao liberar o banqueiro Daniel Dantas e condenar a assistente social, gestora, por informar a população de São Paulo (1989) que os trabalhadores tinham o direito de reivindicar seus direitos.
Trinta anos da Virada, a assistente social Luiza Erundina apoiada pela categoria deu uma lição do que significa uma ação política profissional.
E hoje, aos 75 anos, não perdeu os sonhos, acredita que esta profissão deve enfrentar o conservadorismo que teima em voltar para destruir o Projeto Ético-Político profissional e colocar a categoria dos assistentes sociais novamente de joelhos.
O Congresso da Virada é o registro histórico de uma categoria profissional que, amaparada na luta dos trabalhadores, enfrentou a Ditadura e assumiu o seu lugar de luta - na Resistência!
Qual á a nossa dívida neste momento em que o Supremos Tribunal Federal pune de uma forma injusta aquela que, na função pública, como gestora de uma cidade como São Paulo, reconheceu o direito dos trabalhadores em lutar por seus direitos? Como defender esta assistente social que em 1979, junto com a categoria, consolidou na ação política o Projeto Ético-Político profissional?
Honrar o Congresso da Virada e a conquista do Projeto Ético-Político é assumir coletivamente uma posição em relação à punição à assistente social gestora, Luiza Erundina. Devemos cobrar uma posição pública dos nossos órgãos de classe e nos engajarmos numa campanha, a partir do CFESS, para arrecadação do dinheiro necessário para que possa cobrir os R$ 350.000,00 que o Supremo Tribunal Federal a penalizou por defender direitos.
Punir a assistente social Luiza Erundina é a tentativa da classe dominante dizer em alto e bom som, através da lei, que só alguns tem direitos.
Uma categoria que tem o Projeto Ético-Político como orientação social, deve se manifestar na defesa desta assistente social que nos legou, com sua força e posição, junto a todos os outros profissionais, a capacidade de ousar e de estar ao lado da população excluída de direitos, na defesa cotidiana destes direitos!
Assistente Social Maria da Graça Maurer Gomes Türck

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

CURSO PERÍCIA SOCIAL, COM OPÇÃO PARA CURSO INSTRUMENTOS OPERATIVOS.

TURMA FECHADA!

CURSO PERÍCIA SOCIAL - Carga-horária: 44 horas


Ministrante: Assistente Social Dra. Maria da Graça Türck

Ementa: A Perícia Social como área de trabalho especializada e sua interlocução entre a mediação, preservação, garantia e conquista dos direitos dos usuários na intersecção com o Direito e a Justiça na sociedade.

Sinopse: A constituição da Perícia Social no âmbito do Poder Judiciário, na Assistência Judiciária e no trabalho autônomo. Qualificação dos Processos de Trabalho dos Assistentes Sociais na elaboração da documentação: diferenciação do uso de Laudo Pericial, Estudo Social e Parecer Técnico.

Datas e horários:
27 de novembro (sexta-feira): 19h às 22h
28 de novembro (sábado): 9h às 12h e das 13h às 18h30
29 de novembro (domingo): 9h às 12h e das 13h às 18h30
30 de novembro (segunda-feira): 14h às 18h
1º de dezembro (terça-feira): 9h às 12h e das 13h às 17h
2 de dezembro (quarta-feira): 9h às 12h e das 13h às 17h
3 de dezembro (quinta-feira): 9h às 12h e das 13h às 16h

Matrícula: R$ 35,00
Investimento: até 5 parcelas de R$ 140,80 ou R$ 640,00 à vista (curso e material didático)
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* Opção de realização do CURSO INSTRUMENTOS OPERATIVOS - carga-horária 16h, para alunos do Curso Perícia Social:

Ementa: A articulação e uso dos instrumentos e técnicas na execução dos processos de trabalho dos Assistentes Sociais pela intencionalidade sustentada nos Fundamentos do Serviço Social.

Sinopse: Articulação orgânica de instrumentos e técnicas na operacionalização dos processos de trabalho dos Assistentes Sociais com diferentes expressões da Questão Social, através de habilidades que dêem conta de entrevistas, visitas domiciliares e institucionais, relatórios, genograma de confronto, observação participante, grupos, estratégias de rede, dentre outros.

Datas e horários:
4 de dezembro (sexta-feira): 9h às 12h e das 13h às 18h e
5 de dezembro (sábado): 9h às 12h e das 13h às 18h

Investimento: R$ 256,00 (curso e material didático)

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Valor total para CURSO PERÍCIA SOCIAL e CURSO INSTRUMENTOS OPERATIVOS, com carga-horária total de 60h.

Matrícula: R$ 35,00
Investimento: 5 parcelas de R$ 197,12 ou R$ 896,00 à vista (curso e material didático).
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MATRÍCULAS ABERTAS!
VAGAS LIMITADAS!

Informações e matrículas: matriculas@graturck.com.br
Fone: (51) 3072.0280, das 13:30 às 17:30, com Daiane

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Ciclo de Debates Graturck

A Graturck, empresa que tem como finalidade compartilhar conhecimento na área de Serviço Social, consolidar espaços de resistência e possibilitar a garantia de direitos reconhecendo o Projeto Ético-Político da profissão, além de oferecer cursos de qualificação agora abre espaço para o debate de temas importantes, polêmicos e interessantes para a categoria.

INSCRIÇÕES ABERTAS PARA A 2ª TURMA DO "GRATURCK NO DEBATE: SERVIÇO SOCIAL E PRÁTICAS TERAPÊUTICAS. QUAL É O NOSSO ESPAÇO?"

Quando:
10 e 17 de novembro de 2009


Horário: 19h30 às 21h30

Valor: R$ 20,00

Vagas: 10

Inscrições abertas!

Será fornecido certificado.

Informações e inscrições com Daiane:
(51) 3072.0280
matriculas@graturck.com.br
www.graturck.com.br

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Imagens do término do Curso Perícia Social e Instrumentos Operativos, ocorrido em 18 de outubro:




Neste final de semana ocorreu o término do Curso Perícia Social e Instrumentos Operativos. Veja abaixo alguns depoimentos deixados pelas Assistentes Sociais na ficha de avaliação, em relação ao atendimento da Graturck e à carga-horária e conteúdo do curso:

"O curso foi incrivelmente importante para minha vida profissional. Posso me definir como antes do curso e depois do curso. Obrigada pelo conhecimento transmitido."
Tatiane Assis Vargas Guerini

"Agradeço a oportunidade do convívio, a oportunidade de ampliar meus questionamentos e conhecimentos. E, acima de tudo, pelo afeto, a troca de afeto."
Micheli Garcia de Souza

"Ótimo curso, ótimas professoras, ótimo atendimento/acolhimento".

"O curso atendeu minhas expectativas, principalmente a forma como a professora Maria da Graça trabalha a nossa auto-estima, demonstrando a sua paixão pelo Serviço Social. A carga-horária foi suficiente para cumprir todo o conteúdo proposto, sem repetição e agregando conhecimentos maravilhosos para nossa caminhada. Agradeço esse econtro que se deu através do Serviço Social."

"O profissional é muito bem acolhido e sente-se à vontade para esclarecer suas dúvidas, sem nenhum constrangimento. O ambiente é muito bom."

"Me senti totalmente acolhida, foram sempre atenciosas, preocupadas com o meu saber. A Dai e a Graça estão de parabéns."

"Os cursos oferecidos atendem as expectativas dos profissionais do Serviço Social independente da área de atuação. A carga-horária e horário de aula estão de acordo para atender os profissionais, principalmente porque trabalham durante a semana e não disponibilizam tempo para capacitação."


Inicia no dia 27 de novembro a próxima turma do Curso Perícia Social, com opção para matrícula também no Curso Instrumentos Operativos.
Matrículas abertas! Vagas limitadas.
Clique aqui para maiores informações!


quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Dias 20 e 21 de outubro inicia o Ciclo de Debates Graturck!

A Graturck, empresa que tem como finalidade compartilhar conhecimento na área de Serviço Social, consolidar espaços de resistência e possibilitar a garantia de direitos reconhecendo o Projeto Ético-Político da profissão, além de oferecer cursos de qualificação agora abre espaço para o debate de temas importantes, polêmicos e interessantes para a categoria.

Segue abaixo a primeira agenda do Ciclo de Debates Graturck:

GRATURCK NO DEBATE: SERVIÇO SOCIAL E PRÁTICAS TERAPÊUTICAS. QUAL É O NOSSO ESPAÇO?

Quando: 20 e 21 de outubro de 2009

Horário: 19h30 às 21h30

Valor: R$ 20,00

Vagas: 10

Inscrições abertas!

Será fornecido certificado.

Informações e inscrições com Daiane:
(51) 3072.0280
matriculas@graturck.com.br
www.graturck.com.br

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Memória: alguns depoimentos de alunas do Curso Elaboração de Projetos e Gestão Social (concluído em 29/08)

Depoimentos deixados na ficha de avaliação, sem identificação das alunas:

"O curso foi ótimo!"

"O curso de projetos sociais foi muito bom, tanto na carga-horária, nos horários de aula. As professoras foram ótimas, linguagem boa e acessível."

"Teve troca de saberes e linguagem objetiva."

"Super importante para o crescimento pessoal e profissional. A Graturck oportunizou-me reflexão profissional, a retomada do aperfeiçoamento, busca do saber, trocar/socializar experiências. Desafio foi lançado!"

"Recepção acolhedora, objetiva, atenciosa. Professoras: ótimas, humildes, conhecimento 10!"


Os depoimentos abaixo são da mesma turma, após concluírem Questão Social (que foi o Módulo I do Curso de Elaboração):

"Eu consegui olhar melhor a minha prática profissional."

"A forma como é repassado o conteúdo foi rico para mim, no sentido de estar refletindo com maior profundidade meu espaço de trabalho e 'eu' enquanto profissional."

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Questão Social: a luta por território também se dá dentro da cidade



A Catarse esteve na Festa de Titulação do Quilombo da Família Silva, o primeiro quilombo urbano titulado do Brasil, registrando este dia histórico para a sociedade brasileira.

via blog da Catarse

domingo, 13 de setembro de 2009

DIÁRIO DE UMA ESTAGIÁRIA 2

CONSIDERAÇÕES SOBRE O ESTÁGIO OBRIGATÓRIO I

A realização do estágio obrigatório I na Graturck – consultoria, perícia social e cursos foi, e tem sido, desafiadora, inquietante e estimulante para mim, aluna curiosa e disposta a aprender sempre. Trata-se de um campo de estágio totalmente diferente dos demais onde realizei estágios não obrigatórios anteriormente, devido ao ramo de atuação da empresa e o perfil dos profissionais que dela fazem parte.

Foi esse desconhecido que me trouxe, a princípio, certa insegurança e muitas dúvidas sobre como seria a realização desse estágio. “Pode dizer lá na Ulbra que eu vou ser tua supervisora”. Foi isso o que ouvi da Assistente Social Maria da Graça Türck no dia em que nos conhecemos. Surpresa, receio, satisfação. Um misto de sentimentos passou pelo meu coração e pelos meus pensamentos. Surpresa por ter “ganhado” um campo de estágio sem ter solicitado, receio por não compreender bem como seria realizar estágio em um espaço nada convencional e satisfação por uma profissional do “quilate” da Graça estar abrindo espaço para mim de forma tão receptiva. A vontade de aprender, de acertar e de fazer bem feito em alguns momentos trouxe angústia e apreensão. Mas aprendi, ou melhor, estou aprendendo que “quem não erra não aprende” e que “a busca pela qualidade tem que servir de estímulo e não para causar sofrimento e paralisação”, como me disseram minhas supervisoras de campo e acadêmica, Assistentes Sociais Graça e Suzete.

Estar inserida na Graturck me trouxe muitas conquistas e descobertas. Foi nesse espaço que, em menos de 6 meses, pude articular conhecimentos e adquirir outros, pude me qualificar através dos cursos, pude conhecer muita “gente bacana”, responsável e ética que, como eu, está a procura do seu “eu profissional”. Mas, acima de tudo, foi na Graturck que pude compreender com toda clareza do mundo que é possível “fazer Serviço Social de verdade” estando em uma sala ultra equipada ou no meio fio de uma calçada, sendo contratada por uma grande empresa ou desenvolvendo projetos sociais em locais sem estrutura física alguma. Foi na Graturck, contando com a dedicação, humildade e disposição para ensinar e aprender da MINHA supervisora Maria da Graça que reafirmei a certeza de que “fazer Serviço Social de verdade” exige comprometimento com o estudo permanente e contínuo; exige caráter, valores e postura ética que permitam “não negociarmos o inegociável” e compromisso com a consolidação do Projeto Ético-Político do Serviço Social.

Que venha o Estágio II...

Daiane Flores de Oliveira
Estagiária da Graturck

Memória de Tapera

Fotos do último dia do curso de Perícia Social de Tapera, última aula aconteceu no município de Selbach.

Memória de Charqueadas




segunda-feira, 31 de agosto de 2009

SERVIÇO SOCIAL É O MESMO QUE TERAPIA FAMILIAR?

Ao voltar a Porto Alegre após dez dias (07 a 17/08/2009) em Rio Verde, Goiás, em que foi ministrado o curso de Perícia Social a alunos em fim de curso e profissionais assistentes sociais, mais uma vez retornamos com a certeza da necessidade de ampliar e aprofundar o debate sobre os Fundamentos do Serviço Social e sua aplicabilidade na prática.
Durante o curso, uma afirmativa dentre tantas ficou: “Eu pensei que Terapia Familiar fosse a mesma coisa que Serviço Social”!
Esta afirmativa nos proporcionou, então, a reflexão sobre esta questão que dá visibilidade ao que considero uma das grandes “confusões” que atormentam o cotidiano profissional. Por que confundir o atendimento individualizado e coletivo continuado com Terapia Familiar?
Esta confusão, a nosso ver, está centrada na falta de apropriação dos Fundamentos e conseqüentemente na ausência da apropriação da orientação social da profissão dada pelo Projeto Ético-Político do Serviço Social.
Pois, se não, vejamos, a orientação social da profissão está centrada nas categorias teóricas do Método: historicidade, totalidade e contradição, que possibilitam, a partir da análise da realidade, desvendar os meandros, no nosso caso, de uma sociedade capitalista ocidental e, então, denunciar a violação de direitos humanos como uma de suas facetas. Logo, para o assistente social, o sujeito social que chega traz consigo, para seu contexto de relações, a própria sociedade capitalista expressa pelas refrações da Questão Social explicitadas pela desigualdade social, ou então pela resistência – ao materializar a contradição em sua vida e possibilitar, assim, a superação da Questão Social, que o mantém imobilizado na busca do gerenciamento de sua própria vida e conseqüentemente sem condições de autonomia.
Os Fundamentos do Serviço Social oportunizam a apropriação dos vários parâmetros de responsabilidade imbricados na expressão das necessidades de um sujeito singular. Esta nega o reducionismo teórico na leitura do fenômeno social que se explicita na vida do usuário atendido pelo Serviço Social. Portanto, se contrapõe à Terapia Familiar porque os processos de trabalho dos assistentes sociais vão se constituir para superar o objeto desvendado na ótica do direito e não da cura de problemas emocionais pela ótica da patologia.
Logo, reafirmamos que Serviço Social não é o mesmo que Terapia Familiar, o que não impede que um assistente social com formação em Terapia Familiar não possa exercer esta especialização, como também um pedagogo, um psicólogo, um advogado ou um psiquiatra com a mesma formação.
O que está no cerne da discussão é um assistente social exercer a sua profissão simplesmente como terapeuta familiar ou, então, na academia ensinar a profissão unicamente sob a ótica da Terapia Familiar, desrespeitando, dessa forma, os Fundamentos do Serviço Social.
Logo, o que se torna proibitivo é exercer em qualquer espaço de trabalho a profissão de assistente social como terapeuta familiar.
Assistente Social Maria da Graça Maurer Gomes Türck

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

O PROJETO ÉTICO-POLÍTICO DO SERVIÇO SOCIAL, SEU SIGNIFICADO E SUA MATERIALIZAÇÃO NO CONTEXTO SOCIAL ATUAL

Em Rio Verde, Goiás, no curso de Perícia Social que ministrei de 10 a 14/08/2009, um dos alunos me perguntou: Graça, qual é o teu partido político?
Pensei, e a resposta veio direta: o nosso Projeto Ético-Político. E não foi uma resposta oportunista. Foi uma resposta sustentada em uma trajetória de vida e numa escolha profissional em que sempre esteve imbricada a indignação contra a injustiça, contra a violação de direitos e contra o desrespeito a vida humana.
O Projeto Ético-Político se materializa pela defesa intransigente de direitos humanos e a luta por uma sociedade justa e igualitária. Logo, dá a orientação social da profissão porque explicita que o Serviço Social ocupa o espaço de resistência para dar visibilidade à violação de direitos através da intervenção na prática miúda dos assistentes sociais e também através de denúncia pública de situações que violem direitos.
A apropriação da orientação da profissão pela ótica dos direitos consolida nossa identidade profissional materializando o significado de se constituir assistente social na sociedade capitalista brasileira.
Logo, pela manhã do dia 24/08/2009, ao ouvir uma chamada pela Rádio Gaúcha, o jornalista pontuou que logo após o comercial iriam discutir o “erro” da Brigada Militar que levou à morte um sem terra acampado na fazenda Southall em São Gabriel, morto com um tiro disparado de uma espingarda calibre 12, pelas costas.
Como assistente social, estou me posicionando sustentada nos princípios éticos da profissão, condizentes com a sua orientação social, dada pelo Projeto Ético-Político, contra a violação permanente de direitos que está se consolidando neste estado chamado Rio Grande do Sul. Neste estado, cuja capital, Porto Alegre, um dia foi mundialmente reconhecida como a cidade que respeitava a diversidade, as diferenças e, conseqüentemente, a vida.
Este é um momento em que a extrema indignação se volta contra o que esta aí. Porque aqui neste estado está se constituindo um processo de criminalização dos movimentos sociais. É mais fácil torturar, matar, do que dialogar com as diferenças.
Este estado tem materializado a violência pelos seus dirigentes políticos através da truculência, da soberba e da mentira. E, para isto, se torna fácil manter a violência e convencer o cidadão comum através da mídia corporativa, para quem, aos “homens de bem”, tudo é possível.
Logo, materializar o Projeto Ético-Político é exercer também a profissão através da denúncia da barbárie que hoje está instituída no estado do Rio Grande do Sul e trazer a público a indignação quando um assassinato a sangue frio e pelas costas é tratado como um erro de logística!
Assistente Social Maria da Graça Maurer Gomes Türck

Aquele que não cedeu
Foi abatido
O que foi abatido
Não cedeu.
A boca do que previniu
Está cheia de terra.
A aventura sangrenta
Começa.
O túmulo do amigo da paz
É pisoteado por batalhões.
Então a luta foi em vão?
Quando é abatido o que não lutou só
O inimigo
Ainda não venceu.

(Bertolt Bretcht)

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Práticas Terapêuticas: uma discussão que vale a pena

Recebemos o seguinte comentário anônimo em artigo do dia 09/07, entitulado SERVIÇO SOCIAL E PRÁTICAS TERAPÊUTICAS: UMA INOVAÇÃO?:

Quem está falando de sujeitos isolados???? Quem está negando a totalidade???? Fico triste ao perceber que muitos colegas desconhecem o quanto de terapêutico existe na prática do serviço social. É uma pena que essa visão miope seja tão presente no discurso hegemônico. Sejamos coerentes, por favor!

Nossa resposta:
Prezado Anônimo.
Em primeiro lugar o discurso hegemônico da nossa profissão não nega a mudança, esta vista num sentido de superação do que mantém os sujeitos em permanente sofrimento. Não nega que quem chega para os assistentes sociais é um sujeito em sofrimento.
Sendo assim, o que se defende é a necessidade da consolidação de identidade profissional a partir da leitura de um fenômeno que se expressa na prática miúda dos assistentes sociais através dos Fundamentos Teóricos-Metodológicos que hoje dão sustentação a nossa prática.
Em relação à totalidade, é necessário trazer a concepção que dá o tom a tua argumentação para iniciarmos um bom debate. Outrossim, considero extremamente viável a discussão teórica sem ranços e sem disputas, pois, antes de tudo, o que interessa é a consolidação de nossa profissão a partir da materialização dos Fundamentos do Serviço Social pela ótica dos direitos, pois quem ganha são os nossos usuários.
Em tempo, há um longo período, quando nos espaços institucionais se degladiavam assistentes sociais e psicólogos para se apropriarem qual prática era terapêutica, minha supervisora da época me disse que todo o processo de mudança era terapêutico. Por um bom tempo isso me serviu como argumento nos embates para a conquista de espaços. Hoje, não preciso mais de embates porque, ao me apropriar dos Fundamentos, amplia-se a "visão míope", que me mantinha prisioneira em disputas mesquinhas dentro e fora da profissão, porque aprendi que trabalhar na superação é poder construir processos de intervenção a partir da leitura das subjetividades dos sujeitos expressas pela materialização de suas identidades sociais nos espaços em que vivem.

Um fraterno abraço,
Assistente Social Maria da Graça Maurer Gomes Türck.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

REFLEXÕES SOBRE O CURSO DE PERÍCIA SOCIAL

Ao término de mais um curso de Perícia Social, como, por exemplo, o realizado em Tapera/RS, em julho, nos damos conta de que estes encontros que já vêm acontecendo desde 2004, vêm se constituindo em espaços de aprendizagem, de troca e de afeto. A construção desses espaços transcende ao curso. As aulas se tornam momentos de trocas de vidas pessoais e profissionais, cujo amálgama, que dá o tom da liga, é a esperança e a necessidade de se consolidar o orgulho em ser assistente social. Nesses espaços, é permitido errar e dizer: não sei, porque, sem esta possibilidade, não existe condições de aprendizagem.

Para mim, como assistente social, com um longo caminho de vida pessoal e profissional já trilhado, poder compartilhar conhecimento, experiências, desesperanças, esperanças e principalmente o amor e o orgulho em ser assistente social é poder me dar conta de estar em uma profissão que nos dá um sentido aguçado de humanidade, que mantém nossa indignação acesa e que possibilita a interação com os sujeitos, com o cotidiano e com o mundo. É estar vivendo intensamente através de cada encontro que mergulhamos coletivamente, na apropriação da Questão Social. Logo, consolidando a identidade profissional porque nos apropriamos do espaço de resistência e materializamos em cada atendimento, o Projeto Ético-Político do Serviço Social: a defesa intransigente dos direitos humanos e a busca por uma sociedade justa e igualitária.

Como é bom ser Assistente Social!!!
Assistente Social Maria da Graça Maurer Gomes Turck

sábado, 15 de agosto de 2009

Questão Social: a Reforma Agrária

São Gabriel, RS, agosto de 2009.
Depois de serem despejados violentamente da prefeitura municipal pela Brigada Militar, integrantes do MST ocupam área anexa a assentamento para pressionar governos federal, estadual e municipal a atenderem suas demandas.
Este é um outro lado da história que você não enxergará na grande mídia.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Nova ementa para o curso de Elaboração de Projetos

Evoluímos o conteúdo de nosso curso. Confira a nova ementa:

CURSO: ELABORAÇÃO DE PROJETOS SOCIAIS E GESTÃO SOCIAL
CARGA HORÁRIA: 62H

As Transformações da Sociedade Contemporânea e a Gestão Social. A construção de projetos sociais: conceitos, ciclo (identificação, concepção, execução, monitoramento e avaliação) e respectiva documentação. Noções de captação de recursos para projetos sociais - observatório de editais.

Sinopse:
Neste curso, os alunos construirão projetos sociais articulados com as expressões da questão social onde serão apresentadas experiências concretas desenvolvidas por difrentes atores sociais da esfera público-privada. Os projetos serão assessorados pelos professores e discutidos com o conjunto dos alunos. Cada participante deverá, a partir dos conteúdos desenvolvidos,construir um projeto social que possa ser aplicado no seu processo de intervenção profissional. Serão utilizados diversos materiais impressos e mídias digitais.

Memória da Palestra em Carlos Barbosa

IV conferência Municipal dos Direitos
da
Criança e do Adolescente
A Importância da Construção da Rede Interna na
Garantia e Proteção dos Direitos da Criança e do Adolescente

A centralidade da palestra trouxe como essencial a necessidade da consolidação de um Sistema de Proteção Integral já que a dificuldade de construir este sistema se constitui pela impossibilidade de se construir processos de trabalho coletivos. E todo o direcionamento da reflexão sobre Rede Interna passa pela seguinte questão: por que não se consegue construir um coletivo?

E a resposta que emerge indica o descomprometimento, o excesso de individualismo, o uso do poder discricionário, a competição e a inveja que não permitem a construção de espaços relacionais democráticos na construção de coletivos profissionais.

Quem perde?

Sempre, mas sempre mesmo, as crianças e adolescentes em risco pessoal e social e adolescentes autores de ato infracional. Para eles o presente é sempre passado, e o futuro se torna um presente inalcançável porque a dificuldade de construir e consolidar a Rede Interna como uma estratégia de enfrentamento a desigualdade não se constitui porque os sujeitos/profissionais não se movimentam para romper com o individualismo, não se constituindo em coletivos capazes de possibilitar a esperança e construir um Sistema de Proteção Integrado na garantia de direitos.
Assistente Social Maria da Graça Maurer Gomes Türck

quarta-feira, 29 de julho de 2009

DE ONDE VEM A AMEAÇA?

Hoje, ao retornar de uma Perícia Social realizada com um usuário, cujo objetivo era de receber Benefício de Prestação Continuada pela situação que ora se encontra, nos deparamos com a crueldade que permeia as relações sociais constituídas pela sociedade capitalista de cunho periférico.

A moradia deste usuário está localizada na zona periférica da cidade de Viamão/RS. Aparentemente é um espaço bem localizado, onde se mescla o urbano com o bucolismo da zona rural, com todos os elementos necessários para um contexto de boa convivência, se constituindo em um território com tudo para a consolidação de um ambiente saudável.

No entanto, o que se vê, está longe da possibilidade concreta do que poderia ser. O que torna impossível a transformação desta realidade?

O álcool!! Mas não é o “crack”? Não são os adolescentes “viciados”, que estão a ameaçar os “homens de bem” da sociedade gaúcha?

Não! Não! É o álcool – aquele que “desce redondo” e aprisiona os tolos na dependência sem volta. É aquele que é saboreado junto com a imagem da atriz global – Juliana Paes. É aquele que encoraja os motoristas a dirigirem “sem lenço e sem documento”, matando os transeuntes, trabalhadores e motoristas sérios, neste trânsito sem lei e sem compromisso com a vida humana. É aquele que “turbina” os torcedores nos campos de futebol – os empurrando para a violência gratuita sem consciência, porque as ações irresponsáveis estão sustentadas pela euforia etílica. É aquele “que matou o guarda”, cuja mensagem subliminar deixa explicito que só os “machos” conseguem digeri-lo.

É aquele que funciona como “cobertor interno”, nas noites frias de inverno, agasalhando os que já não são nada...

É aquele que subsidiará a copa do mundo em 2014 no Brasil, logo, é necessário, desde já, convencer a “peble ignara” que um gole a mais não faz mal, pelo contrário, o gole vai sustentar a falsa alegria, o falso brilho e encherá as ruas com gritos de já ganhou, numa euforia movida a álcool, logo, sem a autenticidade da torcida que nasce do espírito esportivo.

Lá, naquele pequeno território em Viamão, não é o “crack” que está matando. É o álcool que campeia pelos rostos de homens jovens, adultos e idosos, que circulam cambaleantes pelas ruas, porque são os “bares da cachaça” que sustentam as famílias, que produzem a violência, o abandono, a doença. Neste pequeno território a miséria se expressa pelo álcool que se constituí em ferramenta importante dos poderosos para a manutenção do poder, para aniquilar os direitos, para produzir “zumbis”.

Portanto, quem deveria pagar o Benefício de Prestação Continuada a este exército de mortos vivos deveriam ser as fábricas de cerveja: a skol, a brahma, a bohemia, a polar e tantas outras, como também as de cachaça, como a 7 campos.

Não é o “crack” que ameaça os “homens de bem”, não são os adolescentes, são os poderosos, os dignos representantes do capital que investem na desumanização, no uso consciente da dependência etílica e vão minando vidas, para obterem mais lucro. É disso que a mídia coorporativa deveria tratar - braço comprometido do capital, cujos funcionários, alguns, jornalistas?, há muito esqueceram o significado da palavra ética.

O cotidiano profissional nos esfrega na cara todos os dias as expressões da Questão Social e enfrentá-las é conseguir dar o tom exato ao denunciar as responsabilidades coletivas por trás de uma solicitação individual de Benefício de Prestação Continuada, que por si só, já aponta a vida destruída pela negação de muitos direitos.
Assistente Social Maria da Graça Maurer Gomes Türck

terça-feira, 21 de julho de 2009

SERVIÇO SOCIAL, PRÁTICAS TERAPÊUTICAS, CONFUSÃO?

Quero iniciar esta reflexão a partir de dois comentários postados neste blog em 10/07 e 17/07/2009 por dois assistentes sociais relativos ao Serviço Social e as práticas terapêuticas.

“Não se trata de negar a profissão, trata-se de utilizar outros instrumentos para o trabalho com grupos, práticas que já são realizadas no cotidiano profissional (...) seriam instrumentos profissionais” (Assistente Social, 10.7.2009).

Em primeiro lugar quero contrapor a argumentação acima ao trazer a seguinte reflexão: utilizar instrumentais operativos como grupo, técnicas, como dinâmicas de grupos diversificadas, não tem nada a ver com negar a profissão. As estratégias e instrumentais operativos estão aí para qualquer profissão utilizar. No entanto, ao nos apropriarmos delas para a intervenção se deve articular a intencionalidade das mesmas com os Fundamentos da profissão. A confusão está em se pensar que usar técnicas disponibilizadas a qualquer profissão é estar operacionalizando práticas terapêuticas como referiu a postagem a seguir: “trabalhamos com grupos, utilizamos dinâmicas grupais das mais variadas e não sabemos realmente dos resultados dessa ação, isso talvez fosse uma prática terapêutica, e aí?” (Assistente Social, 10/07/2009).

Em nenhum momento se afirmou que trabalhar com abordagem de grupo se constitui em trabalhar com práticas terapêuticas. Existe aí uma confusão de fundo, muito pertinente que está abrindo possibilidades de uma discussão séria sobre os Fundamentos da profissão e sua materialização na prática cotidiana dos assistentes sociais.

Segundo a colocação da Assistente Social (17/07/2009) “é contraditório negar as práticas terapêuticas em Serviço Social uma vez que na área da saúde, por exemplo, trabalhamos com a saúde num contexto mais ampliado do que a simples ausência de doença. Daí nos vem o questionamento: abordagem grupal não constitui uma prática terapêutica? Teremos que negar então todas as estratégias metodológicas que se imiscuem com práticas terapêuticas?” A contradição a nosso ver, está em confundir as práticas terapêuticas que se constituem em metodologias de intervenção na realidade dos indivíduos a partir de teorias psicológicas, com estratégias e instrumentais a serem utilizados para operacionalizar, no caso dos assistentes sociais, seus processos de trabalho. Logo é importante demarcar que não são os espaços institucionais que determinam as estratégias metodológicas e os instrumentais operativos utilizados pelos assistentes sociais para concretizar seus processos de trabalho. São os Fundamentos da profissão que determinam o uso destas estratégias e destes instrumentais. É a Questão Social que amplia e problematiza a atuação dos assistentes sociais, quer na área da saúde, na área da justiça, na área da assistência e também, na área da educação. Logo, os instrumentais operativos, como grupos, dinâmicas de grupo, psicodrama, desenhos, a arte, como o teatro, estão disponibilizados também aos assistentes sociais para enriquecer e qualificar seus processos de trabalho em qualquer área em que for atuar, considerando que tanto as estratégias e os instrumentais são vazios de sentido enquanto esperam para serem utilizados por profissionais de qualquer área profissional. Eles vão adquirir sentido a partir da intencionalidade e da orientação social dada aos assistentes sociais pelo Projeto Ético-Político, por isso não devemos negar a utilização de nenhuma estratégia metodológica e de nenhum instrumental operativo disponibilizados a qualquer profissão, desde que os utilizemos a partir de nossos Fundamentos.

Em segundo lugar quero iniciar aqui uma reflexão em relação à Terapia Familiar, a partir da seguinte colocação: “mas não podemos esquecer que fomos nós assistentes sociais que fornecemos os pilares para a terapia familiar, uma vez que (...), foi Mary Richmond que percebeu a excelência de se trabalhar com famílias” (Assistente Social, 17/07/2009).

Com certeza esta modalidade terapêutica de intervir na realidade dos indivíduos foi criada por assistentes sociais estadunidenses, uma delas, Virginia Satir, da Escola de Terapia Familiar de Palo Alto, cujos fundamentos teóricos estão sustentados na teoria sistêmica, que durante muitas décadas forneceu subsídios a profissão. Um dos autores de Serviço Social que utilizou a teoria sistêmica, muito estudada por nós, assistentes sociais, foi Harriet Bartlet cuja orientação se focava na adaptação dos indivíduos considerados responsáveis por suas “mazelas sociais”, tanto no âmbito macro, como no âmbito de suas relações. Os assistentes sociais durante um bom tempo operacionalizaram suas práticas a partir deste referencial. Quem teve sua formação nesta época deve estar lembrado que para diferenciar a prática dos assistentes sociais com a dos psicólogos se argumentava que os assistentes sociais trabalhavam com o “aqui, agora” e que os psicólogos aprofundavam este conhecimento centrado no indivíduo. Quem tem formação em Terapia Familiar Sistêmica sabe que a Terapia Breve incorporou o “aqui, agora” e um dos autores representantes desta Terapia é Steve de Shazer, logo, influenciado pelo Serviço Social Clínico estadunidense.

Portanto, a ruptura teórica com o Serviço Social conservador cujo desfecho ocorreu nos anos 1990 e conseqüentemente seu tensionamento na prática se deve também a busca pela consolidação da identidade profissional e a ampliação da apropriação do fenômeno social a partir da historicidade, da totalidade e da contradição.

Logo, construir e conquistar novos espaços profissionais, é antes de tudo, aprofundar e se apropriar dos Fundamentos da profissão na concretização do Projeto Ético-Político profissional no cotidiano dos sujeitos, utilizando com propriedade todas as estratégias metodológicas e instrumentais operativos disponibilizados para qualquer profissional, no caso dos assistentes sociais, sustentados pela intencionalidade dada pela orientação social da profissão.
Assistente Social Maria da Graça Maurer Gomes Türck

quarta-feira, 15 de julho de 2009

SERVIÇO SOCIAL E AS ESCOLHAS!

Os caminhos profissionais dos assistentes sociais são tantos e cada vez mais ganham visibilidade as ameaças que, como trabalhadores, sofremos na manutenção de um emprego que vai nos possibilitar um salário para a sobrevivência cotidiana. O que nos leva, muitas vezes, a suportar a desqualificação, o descaso, o desrespeito e a prepotência nos espaços de empregabilidade, e esta violência institucional vai proporcionar o adoecimento, a acomodação, a burocratização da prática, o descrédito em que se consolida a desesperança e permite o distanciamento profissional da orientação social da profissão dada pelo Projeto Ético-Político.

Por que isto vem acontecendo?

A realidade institucional não traz nenhuma novidade, já que são nestes espaços profissionais que se materializam as relações sociais postas na sociedade capitalista explicitadas pela sociabilidade reificada, também sustentada pela desigualdade social.

É aqui, no meu entendimento, que chegamos ao “nó” da questão: a não apropriação do que chamamos de “núcleo duro” da profissão. Retomamos, então, a “velha” questão articulada à identidade atribuída, que, nestes espaços, muitas vezes, não se consegue superar. Para enfrentar a identidade atribuída é necessária a apropriação dos Fundamentos do Serviço Social e, mais que isto, recuperar e consolidar a “ponte” que nos torna iguais em qualquer espaço profissional de atuação, nos tornando diferentes a partir do aprofundamento do conhecimento das expressões da Questão Social que chegam ao nosso cotidiano profissional.

Para retomar esta “ponte” é necessária a apropriação compromissada com os Fundamentos Teórico-Metodológicos (teorias críticas, Método Dialético Materialista, Questão Social e Metodologia da Prática Dialética), Fundamentos Ético-Políticos (orientação social da profissão sustentada pelos fundamentos teórico-metodológicos e regulada pelo Código de Ética) e Fundamentos Técnico-Operativos (estratégias metodológicas e instrumentais operativos, necessários para aplicabilidade do Método. Estes passam a ter uma intencionalidade à medida do lugar em que vão ocupar a partir do Método). Esta apropriação não pode ser feita a partir de um conhecimento superficial, mas com o aprofundamento necessário para que possamos materializar no cotidiano dos sujeitos singular, o Projeto Ético-Político da profissão.

Este momento atual que os profissionais da prática vêm enfrentando, nos leva a inferir que a categoria dos assistentes sociais se encontra num impasse em que é necessário que a academia, responsável pela formação destes assistentes sociais, busque a unicidade no ensino, na apropriação do Projeto Ético-Político, porque retomar esta unicidade é aprofundar os fundamentos que dão sustentação a orientação social da profissão. Esta retomada vai implicar em repensar a argumentação sem consistência teórica muito utilizada a “respeito da pluralidade” que vêm ao encontro da fragilização e precarização dos processos de trabalho na “prática miúda” destes profissionais.

Assistente Social Maria da Graça Maurer Gomes Türck

quarta-feira, 8 de julho de 2009

QUEM CHEGA PARA O ASSISTENTE SOCIAL? O SUJEITO E SUA SUBJETIVIDADE!

Uma resposta simples, mas extremamente polêmica. No transcorrer da história do Serviço Social a subjetividade sempre foi uma categoria emergente.

Mary Richmond, em sua época, já incluía a necessidade de se estar atento às emoções do “cliente”, onde não se ignorava que era um indivíduo que chegava para o assistente social com todas as suas idiossincracias. No entanto, nesse período, para compreendê-lo, o Serviço Social foi buscar nas teorias da psicanálise (Escola Diagnóstica) e da psicologia (Escola Funcional) subsídios para tanto, em que centrava sua ação profissional nas noções de “relacionamento” (relationship) e nas de relações humanas (human relations). Esta busca levou ao psicologismo excessivo da profissão, cujo eixo se dava através das relações interpessoais, concretizada por uma prática profissional des-historicizada e despolitizada em que se buscava a adaptação destes indivíduos, já que se trabalhava a partir da resolução de conflitos com foco na culpabilização dos mesmos. A partir desta perspectiva, a subjetividade, ao longo da história da profissão vem se mostrando como um ‘nó’ a ser superado, já que, para romper com a perspectiva teórica reducionista, a categoria optou em abandonar teoricamente a subjetividade porque a mesma fazia parte essencial da herança do Serviço Social tradicional e das práticas terapêuticas. No entanto, na prática, a subjetividade continua a ser um “nó” porque quem chega para os assistentes sociais é um sujeito que vai trazer a conjuntura através da manifestação de sua subjetividade, que vai se expressar em seus espaços afetivos e de relações. Portanto, inviabilizar, pura e simplesmente, a compreensão da subjetividade sem explicá-la à luz das teorias-críticas é consolidar um dos “nós” atuais que enreda os assistentes sociais em seus contextos de prática cotidiana.

Embora a Questão Social agregue a apropriação da constituição da sociedade capitalista ocidental, para os assistentes sociais ela se constitui em objeto de seus processos de trabalho quando ela permeia o cotidiano dos sujeitos, transformando a subjetividade destes, que as reproduzem em suas relações ao torná-los visíveis pelas suas identidades sociais ao interagirem em seus espaços afetivos e de relações.

Logo, “é importante desenvolver a capacidade de ver, nas demandas individuais, as dimensões universais e particulares que elas contêm. O desvelamento das condições de vida dos sujeitos atendidos permite ao assistente social dispor de um conjunto de informações que, iluminados por uma perspectiva teórico-crítica, lhe possibilita apreender e revelar as novas faces e os novos meandros da Questão Social que o desafia a cada momento no seu desempenho profissional diário” (IAMAMOTO, 2004).

Sabe-se que “o combate ao psicologismo do Serviço Social conservador conduziu à denegação da dimensão do psíquico, como se ela não fizesse parte da realidade ou como se fosse algo secundário e, por conseguinte, menos importante” (NICACIO, 2006, p.6).

No entanto, o Serviço Social como profissão é eminentemente interventivo, faz a leitura do fenômeno social a partir da ótica do sujeito e sua subjetividade deve ser apreendida através dos Fundamentos da profissão já que a mesma se constitui pela manifestação das identidades sociais dos sujeitos em diferentes espaços sociais.

Pode-se afirmar, então, que a subjetividade do sujeito singular se constitui pelo OUTRO (constituído pela base econômica - objetivação - e pelo campo de valores instituído - subjetivação -, que vai compor a identidade social do sujeito singular), isto é, pela realidade que está aí e pelos aspectos ideológicos, políticos e jurídicos que vão também tecendo as relações sociais a partir do que está fora de nós e compõe as identidades sociais destes sujeitos pela objetivação e pela subjetivação. Esta perspectiva teórica do Serviço Social de se apropriar da subjetividade a partir das relações sociais que se constituem pelas relações de produção dimensiona o que se vai chamar de OUTRO, cuja essência é a manifestação da contradição, isto é, o campo do social em que a desigualdade social e a resistência materializam a Questão Social. Portanto, desvendar o objeto, Questão Social, na vida dos sujeitos é dar visibilidade à relação que acontece entre as subjetividades destes sujeitos e a contradição que vai se manifestar pela objetivação e pela subjetivação articulada com suas situações de fragilidade, representada pelas suas identidades sociais em determinados contextos sociais.

Nesta perspectiva, o diálogo dialético que vai se estabelecer entre o assistente social e o usuário vai trazer a marca da contradição, porque ele carrega consigo a explicitação da desigualdade e a possibilidade da resistência que tanto a subjetividade do usuário como a do assistente social estão sujeitos, já que, como pessoas, fazem parte da sociedade de classes constituída pela sociedade capitalista de cunho periférico.

Portanto, retroagir para as práticas terapêuticas é elencar a subjetividade a partir do psicologismo que dominou o Serviço Social tradicional.

No entanto, retomar a subjetividade transformada a partir da objetivação e da subjetivação e explicitada pelas identidades sociais dos sujeitos é trazer para o contexto cotidiano o sofrimento psíquico e a fragilidade destes sujeitos que se insere em um processo sócio-histórico, cuja relação “se realiza num contexto institucional, atravessado por relações de poder e por interesses contraditórios marcado por referências culturais e ideológicas” (NICACIO, 2006, p.9). Esta retomada vai culminar em Processos de Intervenção em que os processos de trabalho dos assistentes sociais vão se constituir na apropriação da contradição com o objetivo de intervir para superar, sem com isto ir em busca do passado ou de práticas terapêuticas para se apropriar da subjetividade dos sujeitos singulares, usuários do Serviço Social, na concretização, então, do Projeto Ético-Político profissional.
Assistente Social Maria da Graça Maurer Gomes Türck

Memória da Palestra em Erechim

A Graturck esteve presente na VI Conferência Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente "Construindo Diretrizes da Política e do Plano Decenal", realizada no dia 25 de junho. A Assistente Social Maria da Graça Türck esteve palestrando em 2 eixos:
- Eixo 2: Proteção e Defesa no Enfrentamento das Violações de Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes com a palestra: FAMÍLIA: ESPAÇO DE AFETO E VIOLÊNCIA
- Eixo 3: Fortalecimento do Sistema de Garantia de Direitos com a palestra: REDE INTERNA: SISTEMA DE PROTEÇÃO INTEGRAL

Sobre sua participação, ela comentou: "Ambas as palestras trataram de dois 'nós' na concretização dos direitos das crianças e adolescentes que estão relacionados em como os profissionais se constituem para trabalhar na concretização destes direitos. 1º 'Nó' - não basta só identificar de onde emergem as expressões da Questão Social que produzem a violência, é necessário que o trabalho profissional intervenha nesta realidade cotidiana, não só, acompanhar e encaminhar, mas intervir para superar. 2º 'Nó' - como se constróem coletivos profissionais a partir dos sujeitos/profissionais, levando em conta o objetivo comum, o comprometimento e o respeito às diferenças? São dois 'nós' que estão presentes e que são de exclusiva responsabilidade dos sujeitos/profissionais que são responsáveis em garantir direitos das crianças e adolescentes".




quarta-feira, 1 de julho de 2009

Conversando sobre Projetos Sociais

Assistente Social Ana Lúcia Suarez Maciel
Assistente Social Rosa Maria Castilhos Fernandes

Não é de hoje que o projeto social constitui-se num importante instrumento para o planejamento da intervenção social, sendo utilizado de forma recorrente pelos trabalhadores sociais. Entretanto é cada vez mais evidente a necessidade do desenvolvimento de competências para utilização desse instrumento. Instrumento que deve ser compreendido como estratégia e meio para o trabalho profissional, pois os instrumentos não se deslocam da totalidade do processo de trabalho dos profissionais. Ao contrário, é um instrumento que pode, se bem utilizado, potencializar uma ação dirigida à transformação de uma dada realidade.

Sabemos o quanto a elaboração de projetos requer a participação e reflexão das pessoas, de grupos e de organizações sobre as situações do cotidiano, de uma realidade problemática, portanto complexa e contraditória, e a partir daí gerar alternativas de solução para a superação da situação apresentada por meio de mudanças inovadoras. Por isso, não são uma ação isolada e requer a capacidade de articular diversos interesses, dos envolvidos com o problema, bem como de efetuar uma leitura adequada do contexto onde a proposta será estruturada e implementada.
Projetos fazem parte da instrumentalidade da ação profissional que delimitam a intervenção quanto aos objetivos, metas, formas de atuação, prazos, recursos, responsabilidades e avaliação. É por meio dos projetos sociais que se organizam as ações e as práticas sociais que desencadeiem a transformação de determinada realidade social.

Um conjunto de cartilhas, de artigos e de guias, que encontramos no acervo sobre o tema, contribui com a disseminação da importância da elaboração dos projetos sociais no contexto social, econômico e político atual, demonstrando passos e maneiras de sistematizar o traçado da operacionalização de um conjunto de ações.

Contudo, existem diferentes modos de elaborar um projeto, que estará de acordo com o campo sob o qual irá incidir a ação, como, por exemplo, uma atividade no campo educacional, no campo econômico ou em processos específicos, como de capacitação profissional e de pesquisa. Ademais, um projeto pode vir acompanhado de um roteiro, e pode se diferenciar, dependendo das necessidades e exigências próprias do órgão de execução e/ou financiador.

Diante dessa realidade, é possível afirmar que planejar, não é uma tarefa fácil! O ato de planejar requer uma compreensão da dimensão política que perpassa o processo de planejamento, pois este surge em um momento histórico, em que se desencadeia o reconhecimento da necessidade de uma ação sistemática que possa responder às situações postas. Associada a dimensão política, soma-se o conhecimento técnico que articulado às competências negocial e relacional, na mediação com os principais envolvidos com o projeto, são os aspectos que tendem a favorecer a boa elaboração de um projeto. Se este, por sua vez, estiver bem feito, a tendência de que a sua materialização venha ao encontro do que foi planejado, cresce proporcionalmente. Assim, como o contrário, também, tende a ser verdadeiro.
De modo geral, nossa experiência tem demonstrado que o ensino da elaboração de projetos somente é incorporado, à medida que é acompanhado de uma proposta prática, pois é na experiência concreta que os sujeitos constroem as mediações para a apreensão do conhecimento. É essa a proposta da GRATURCK para o curso de Elaboração de Projetos.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

A Inserção dos Assistentes Sociais na Área Educacional

Assistente Social Maria da Graça Maurer Gomes Türck

A luta do Conselho Federal de Psicologia (CFP) e do Conselho Federal de Assistentes Sociais (CFESS) para a atuação destas duas categorias “na escola compondo equipes multiprofissionais juntamente com professores, pedagogos e outros” é uma realidade a ser consolidada pelo Projeto de Lei iniciado na Câmara (PLC) de nº60/2007, que dispõe sobre a prestação de serviços de Psicologia e de Serviço Social nas escolas públicas de educação básica.

Logo, esta realidade impõe aos assistentes sociais a apropriação dos Fundamentos do Serviço Social na execução de seus processos de trabalho nas escolas. A ocupação destes novos espaços de trabalho deve priorizar a consolidação da identidade profissional a partir do “núcleo duro” da profissão, isto é, do paradigma Marxista, das teorias Críticas, do Método e da Metodologia de aplicação do Método, para concretização do Projeto Ético-Político profissional.

Todo o cuidado é pouco, porque a não apropriação dos Fundamentos da profissão pelos assistentes sociais que irão se inserir neste novo contexto profissional, poderá reproduzir o que se vê constantemente em outros espaços: identidade atribuída, práticas desconectadas com os Fundamentos Teórico-Metodológicos, Éticos-Políticos e Técnico-Operativos e assistentes sociais cujos “processos de trabalho” se constituem como auxiliares de outras profissões.

O artigo a seguir explicita com propriedade a reflexão deste contexto construída através da experiência: fala Gisele!


Os Processos de Trabalho dos Assistentes Sociais na Escola

Pensar sobre o cotidiano escolar é pensar no futuro das gerações. E como este futuro vem a ser construído, em meio a realidade apresentada. Conhecer o dia a dia das escolas é adentrar na rotina dos alunos e funcionários dessa instituição, uma realidade em que se apresenta uma violência sutil pouco visível aos olhos. Eis novamente a Questão Social desvelada pelas “ lentes” do assistente social que desvenda as suas expressões como o abandono, a adultinização precoce, a violência intrafamiliar e doméstica, o abuso sexual, a pobreza, a miséria, a drogadição, a carência, o alcoolismo e a negligência. Essas expressões emergem em meio a essa rotina banalizada e com pouca ou nenhuma motivação para mudança para um futuro tão próximo.

Logo, pensar que a escola deve ser um espaço de aprendizagem de descobertas não somente dos conteúdos escolares mas sim de cidadania , um espaço para discussão das situações de desigualdade social atuais , dos valores e respeito as diferenças. A realidade que ora se apresenta em algumas escolas na grande Porto Alegre/RS, no entanto nos revela outra face, um local triste cuja fala de um professor retrata bem esta realidade: “ - lembra um campo de concentração, os conteiners parecem câmaras de gás - como uma criança vai querer estudar ali? E o valo lembra a valeta para enterrar os corpos!” Então, pensar na escola como um espaço agradável com um pátio atraente para brincar, salas de aula confortáveis para estudar, é um sonho distante. O que se revela é uma rotina desumanizada, na qual os processos sociais, os processos particulares e a subjetividade destes sujeitos ao emergirem no contexto escolar ganham um caráter punitivo ou então, tratadas apenas no senso comum muitas vezes pela falta de preparo da comunidade escolar que não se apropria dessas expressões da Questão Social que emergem e se reproduzem na escola.

O olhar atento do profissional de Serviço Social traduz essa realidade e desvenda esses processos, a sua atuação no cotidiano escolar é imprescindível, enquanto profissional que tem como especificidade dar visibilidade as expressões da Questão Social no cotidiano dos sujeitos. Então, porque o Serviço Social não ocupa este espaço? Pensar em mudança em meio a uma rotina já banalizada pelo contexto de violência e falta de limites, muitas vezes causa medo e insegurança. Afinal o que é mesmo que o assistente social faz? Para que ele existe? São questionamentos feitos a este profissional todos os dias, cabe no entanto ao assistente social mostrar a que veio, mas para isso é necessário deixar a “mudança” acontecer! O assistente social é o profissional que lida diretamente com a Questão Social e suas expressões, tem no seu Projeto Ético-Político a orientação social da profissão, que se constitui na garantia intransigente de direitos humanos e a busca por uma sociedade justa e igualitária. Logo, é necessário que a escola possibilite que os profissionais assistentes sociais construam seus espaços, construam vínculos, dialoguem com os alunos das escolas e com os funcionários. Não importa se estão numa sala ou se estão no pátio embaixo de uma árvore. Os assistentes sociais desta forma irão concretizando seus processos de trabalho para intervir em meio a realidade que se apresenta. Para tanto é preciso que os assistentes sociais se disponham a assumirem seu lugar para deixarem de serem vistos como “profissionais inodoros e insípidos” e busquem tomar seu lugar entre os profissionais, a partir de uma identidade consolidada pela apropriação dos Fundamentos de sua profissão, em espaços em que muitas vezes eles assumem a identidade atribuída deixando de lado sua real importância ao abdicar da luta na conquista de espaços de resistência para ocupar o seu lugar de direito. Os assistentes sociais ao consolidarem sua identidade se constituem nos profissionais que vão possibilitar a reflexão e a superação de situações de violência explicitadas pela negação dos direitos mais fundamentais, em espaços, por exemplo, escolares, permeado por dúvidas, medos e ansiedades.

Assistente Social Gisele Cristina Corrêa

terça-feira, 9 de junho de 2009

SERVIÇO SOCIAL E PRÁTICAS TERAPÊUTICAS: UMA INOVAÇÃO?

Chegou às minhas mãos a argumentação do CFESS, o Parecer Jurídico e a contestação da “Comissão Pró Especialização para o Atendimento Familiar e Comunitário” sobre Práticas Terapêuticas. Defesa e contestação girando sobre o direito da autonomia do profissional de buscar ferramentas diferenciadas a partir de diversos campos do saber para atuar como assistente social. Diante de tais fatos que instituíram o debate na categoria, gostaria a partir do conteúdo de tais documentos de iniciar minha reflexão sobre tais posicionamentos.

Antes de mais nada, é necessário trazer telegraficamente um pouco da história do Serviço Social, a partir do momento em que este se constituiu através do referencial estadunidense, em que o Serviço Social Clínico se explicitou primeiramente por Mary Richmond na busca pelo cientificismo, que indicava que o Serviço Social tinha como campo de ação o indivíduo e o seu meio social, demarcando com propriedade na época, o objeto da ação do Serviço Social. Ao mesmo tempo, Richmond, ao ponderar que o Serviço Social na época destinava-se a ser também “um auxiliar nos setores da medicina, da pedagogia, da jurisprudência e da indústria”, demarcou o Serviço Social como uma nova profissão, mas ao mesmo tempo deixou um legado difícil de se desvincular, porque surgiu como uma profissão para complementar as outras, trazendo então em sua essência a marca da subalternidade - uma marca que vem nos acompanhando ao longo de nossa história.

Logo, o momento histórico brasileiro por volta de 1940 foi propício para a aproximação dos Estados Unidos com a América Latina, mais especificamente o Brasil. E, em relação à formação intelectual, oportunizou bolsas de estudos oferecidas pela Fundação Ford, e os assistentes sociais bolsistas da época trouxeram para o contexto profissional a influência do positivismo, que forneceu uma estrutura conceitual para observar e interpretar o homem na sociedade brasileira. Dessa forma foram instituídas no país duas vertentes: a Escola Diagnóstica e a Escola Funcional. Após, surgiu a Escola Eclética (BECKER, 1967). Essas Escolas, mundialmente, já haviam sido originadas a partir da 1ª Guerra Mundial (1914-1918), no grande avanço ocorrido com os conhecimentos psicológicos e pelo impacto da psicanálise freudiana, que influenciaram o Serviço Social, mais especificamente o “método do Serviço Social de Casos”. São formas de compreender o sujeito individual que advinham da psicologia da doença mental (Escola Diagnóstica) e da psicologia do crescimento (Escola Funcional). Do contato, então, com essas concepções e da assimilação de partes diferentes do pensamento de Mary Richmond, nasceram dois métodos de atuação diferenciados, que vieram a ser conhecidos pelos nomes de Passividade Dinâmica (Escola Diagnóstica) e Terapêutica da Relação (Escola Funcional).

A Passividade Dinâmica foi o termo mais utilizado para designar o método seguido pelos assistentes sociais que tentaram uma forma de ajuda próxima da que usavam os psicanalistas freudianos. Fundamentalmente, procurava-se ouvir a pessoa de uma forma passiva e acolhedora, estimulando a expressão de sentimentos da sua parte, compreendendo, ainda, a experiência passada do cliente e aproveitar o valor terapêutico da transferência e da contra-transferência (BECKER, 1967).

A Terapêutica da Relação era o termo usado, então, pelas assistentes sociais que seguiam a linha do pensamento de Otto Rank. O seu tipo de atuação não era radicalmente diferente dos que seguiam a metodologia anterior, quanto à intenção, mas afastava-se bastante em certos aspectos formais. Portanto, para esta Escola, era uma oportunidade para experienciar de forma mais completa – do que o habitualmente possível – a direção, a profundidade e a ambivalência dos impulsos que relacionavam uma pessoa com a outra e com a realidade exterior e para descobrir a possibilidade da sua organização em um outro “querer” autônomo e criador (BECKER, 1967).

Os pontos de divergência de ambas as Escolas se localizavam, portanto, entre o tratamento, a ajuda e o papel da agência/instituição no processo de Serviço Social.

Uma terceira vertente, então, buscou a integração das duas Escolas, dando origem a uma perspectiva eclética na condução da ação profissional do assistente social. Esta priorizava a atenção no cliente, como na Escola Diagnóstica; no serviço, como na Escola Funcional; mas também na interação dinâmica do cliente para a maneira como se relacionavam entre si, considerando-se ambos os aspectos de diagnóstico e funcional da situação.

Apesar dessas vertentes apresentarem formas diferenciadas de compreender a situação a ser avaliada, todas se pautavam numa perspectiva de causa e efeito para explicar a desigualdade social vista a partir do desajustamento social que emergia na vida dos indivíduos, sujeitos da ação profissional do assistente social.

Logo, no transcorrer da história de nossa profissão, vínhamos nos debatendo com diferentes objetos. Ora, era o homem e seus problemas, ou o homem, ou os problemas sociais ou então, a resolução de problemas, dentre outros. Autores como Gordon Hamilton, Helen Perlman, Harriet Bartlet e Florence Hollis, dentre tantos outros, trouxeram para o contexto brasileiro, o ecletismo, a teoria sistêmica e a psicanalítica para dar sustentação ao objeto do Serviço Social que emergia com mais intensidade em determinado momento histórico. Basicamente então, o Serviço Social Clínico passou a se sustentar nas duas Escolas, a Funcional e a Diagnóstica, já, anteriormente referido.

Por que então ir nesta parte da história para iniciar um debate sobre práticas terapêuticas?

Porque a partir das argumentações de autonomia, vamos propiciar a negação da profissão, de seu Projeto Ético-Político e de seu objeto: Questão Social. E vamos validar o Serviço Social tradicional cujo eixo teórico legitimava a leitura dos fenômenos sociais que emergiam na vida dos sujeitos, a partir da patologia, da doença. A própria palavra “terapêutica” no seu sentido semântico a concebe como “parte da medicina que estuda e põe em prática os meios adequados para aliviar ou curar os doentes; terapia” (FERREIRA, 2007, p.772). Em conseqüência, uma intervenção de ajustamento social, de culpabilização e de complementaridade de outras profissões.

A pergunta então que fica: por que retroceder se podemos avançar?

Assistente Social Maria da Graça Maurer Gomes Türck