segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Questão Social: brigada militar persegue quilombolas em área federal de Porto Alegre

Apavorado com os homens armados dentro do quilombo, sua área de moradia, uma criança pede ao pai que chame a polícia para defendê-los. O pai, então, responde que estes homens em sua casa são...a polícia.

Veja a reportagem da Catarse:



Confira o material completo clicando aqui.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

1 ano que representa séculos de lutas sociais

Dia 21 de agosto completou um ano do assassinato de Elton Brum pelas costas por um membro da Polícia Militar do Rio Grande do Sul. 1 ano de mais uma tragédia, de um recado para demonstrar que quem manda no país não está interessado em justiça social. Por isso publicamos esta foto, forte, impactante, para não nos esquecermos jamais.

Foto: Leonardo Melgarejo

Ordem judicial capaz de matar não ressuscita
Por Jacques Tavora Alfonsin
Procurador do Estado do Rio Grande do Sul aposentado


No dia 21 deste mês de agosto vai se completar um ano do assassinato praticado contra o agricultor Elton Brum da Silva, como conseqüência de uma ordem judicial determinada em ação movida contra agricultores sem-terra, como ele, no município de São Gabriel.

A agilidade que o Poder Judiciário mostrou para defender o direito de propriedade, no processo que assassinou Elton, é geometricamente desproporcional aos males que esse direito causa, mesmo quando descumpre a sua função social.

Para se ter uma idéia desse fato, é suficiente uma busca de internet no site do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, comarca de São Gabriel, para se constatar que nem data de audiência para coleta de possíveis provas foi designada, no processo 20900023900, que apura a responsabilidade criminal do policial militar que matou o Elton.

Enquanto a ordem letal teve execução imediata, o processo crime segue a passo de gente que caminha a pé e cansada de promessas legais traídas, bem como ele caminhava... Elton engrossa a lista macabra de gaúchos mortos em defesa de sua dignidade e cidadania, direito de acesso à terra, reforma agrária, ora pelos efeitos das ordens judiciais, ora pela repressão violenta dos seus protestos coletivos.

Ah, não vai faltar quem diga: “Tudo certo, mas onde se lembra aí o soldado da BM, Valdeci de Abreu Lopes, que morreu na esquina democrática de Porto Alegre, num outro agosto, esse de 1990, durante um protesto dos sem-terra”? – Com a dor que se lamenta a morte do Elton e de tantos outros que não vivem mais, tem de se chorar a desse brigadiano, mas sem se esquecer, sob pena de cumplicidade com a versão tendenciosa que a mídia produziu na época, duas diferenças notáveis, pelo menos.

A primeira, a de que o assassino do Elton, além de somente ter sido identificado pela sua corporação mais de mês depois do assassinato, está gozando de plena liberdade, não havendo chance de se saber nem quando será julgado, enquanto os sem-terra denunciados criminalmente pela morte de Valdeci foram presos em seguida e aguardaram, nessa condição de confinamento, mais de ano antes do júri que os condenou. a segunda, de que o tiro que matou o Elton foi dado pelas costas, sem possibilidade alguma de defesa da vítima, enquanto o instrumento que matou o brigadiano deu-se em reação imediata ao tiro que ferira no abdome uma agricultora sem-terra que participava do protesto.(...)

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sexta-feira, 20 de agosto de 2010

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

EU ESTAVA LÁ!!!

XIII Congresso Brasileiro de Assistentes Sociais – 31 de julho a 05 de agosto de 2010.


Retorno de Brasília com a alma em festa pela conquista da categoria das 30 horas para todos os assistentes sociais brasileiros. Foi uma luta árdua, travada durante um ano, de articulações políticas nos bastidores da política brasileira, no coletivo da categoria, na ocupação dos espaços de resistência em todos os espaços de decisões. Na passeata que o conjunto CFESS/CRESS de todo o Brasil organizou, pudemos sentir pulsar a necessidade de consolidar um coletivo a partir de um objetivo comum, independente das divergências ideopolíticas.

Foi intenso participar no local do Senado fazendo pulsar a nossa força e influenciando os Senadores!

Eta profissão maravilhosa! Somos duras em nossas críticas, muitas vezes inconsistentes, mas todos nós continuamos na luta construindo o Serviço Social!!!
Em relação ao XIII CBAS, mais especificamente, a nosso ver, é necessário criar novas estratégias para a discussão do fazer profissional.

E como estou sempre presente nestes grandes eventos da categoria, apresentando trabalhos ou só na participação, ouso sugerir algumas alterações. No meu ponto de vista, é necessário mesclar nas conferências, nas plenárias simultâneas e nas mesas redondas, assistentes sociais da academia e também, os que estão na linha de frente, na prática. Porque ficar só com a academia nestas mesas, impossibilita um diálogo articulado com a prática miúda dos assistentes sociais.

Logo, é necessário possibilitar um diálogo mais real, sem deixar de trazer os Fundamentos do Serviço Social para a realidade cotidiana com uma fala mais próxima do assistente social pé no chão. Porque, como já dizia Mao Tse Tung (1999), “o conhecimento começa pela prática; e, uma vez adquirido o conhecimento teórico através da prática, é preciso levá-lo de novo à prática”.

Assistente Social Maria da Graça Maurer Gomes Turck