quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

CURSOS GRATURCK 2011!

26 DE MARÇO INICIA O CURSO DE PERÍCIA SOCIAL

Curso de Perícia Social
Inscrições abertas!!!
CH: 44 horas (4 horas não presenciais)
Ementa: A Perícia Social como área de trabalho privativa e sua interlocução na preservação, garantia e conquista dos direitos dos usuários na intersecção com o Direito e a Justiça na sociedade.
Sinopse: A constituição da Perícia Social no âmbito do Poder Judiciário, na Assistência Judiciária e no trabalho autônomo. Qualificação dos processos de trabalho dos Assistentes Sociais na elaboração da documentação: diferenciação do uso de Laudo Pericial, Estudo Social e Parecer Técnico ou Parecer Social.

Dias da semana: sexta e sábado
Março: dia 26
Abril: dias 2, 8, 9, 15 e 16
Horário: 18h30 às 22h30 (sextas) e 9h às 18h30 (sábados)
Matrícula: R$ 35,00
Investimento: Até 3 parcelas de R$ 270,00 ou R$ 735,00 à vista (curso e material didático).

Informações: matrículas@graturck.com.br e (51)3072.0280 (das 13h30 às 17h30)


CURSO DE QUESTÃO SOCIAL: da experiência vivida no cotidiano profissional à teoria
CH: 20 HORAS
Ementa: A Questão Social e sua apreensão como objeto do Serviço Social. Sua configuração nos espaços de prática e seu desvendamento na vida dos sujeitos, qualificando os processos de trabalho no cotidiano profissional.
Sinopse: Através do reconhecimento da Questão Social como objeto do Serviço Social, pretende-se dar visibilidade à aplicabilidade do Projeto Ético-Político da profissão. Para tanto, utiliza-se uma metodologia da aplicação do Método Dialético Materialista Histórico, que vai trazer à tona a contextualização de uma realidade através da visualização das categorias historicidade, contradição e totalidade, fundamentais na apreensão do objeto para a consolidação da identidade profissional nos espaços institucionais e na qualificação dos processos de trabalho dos assistentes sociais. Metodologia recentemente consolidada como Metodologia da Prática Dialética.

Dias da semana: segunda, terça, quarta, quinta e sexta
Março: dia 28, 29, 30 e 31
Abril: dia 1
Horário: 18h30 às 22h30
Matrícula: R$ 35,00
Investimento: Até 3 parcelas de R$ 110,00 ou R$ 300,00 à vista (curso e material didático).

Informações: matrículas@graturck.com.br e (51)3072.0280 (das 13h30 às 17h30)


CURSO: NOB (Norma Operacional Básica)/SUAS (Sistema Único de Assistência Social) – O REDESENHO DA POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL E SUA NOVA BASE DE ORGANIZAÇÃO E GESTÃO
CH: 56 HORAS
Ementa: Apreensão da Política de Assistência Social/PNAS como marco legal mais recente da Política e do Sistema Único de Assistência Social/SUAS como sistema em processo de implementação em todo o território nacional, responsável pela gestão do conteúdo específico da Assistência Social no campo da proteção social brasileira.
Sinopse: Atualizar e qualificar estudantes e profissionais acerca dos conteúdos da PNAS/2004 e NOB/SUAS contextualizando historicamente a assistência social até os dias de hoje como política a partir de seus marcos legais e sua relação com a Questão Social.

Dias da semana: terça, quarta e quinta-feiras
Abril: dias 19, 20, 26, 27 e 28
Maio: dias 3, 4, 5, 10, 11, 12, 17, 18 19, 24 e 25
Horário: 19h às 22h30
Matrícula: R$ 35,00
Investimento: Até 5 parcelas de R$ 242,00 ou R$ 1.100,00 à vista (curso e material didático).

Informações: matrículas@graturck.com.br e (51)3072.0280 (das 13h30 às 17h30)



CURSO: OS PROCESSOS DE TRABALHO DOS ASSISTENTES SOCIAIS E SEUS ELEMENTOS CONSTITUTIVOS
CH: 24 horas
Ementa: Os elementos que constituem os processos de trabalho dos assistentes sociais e sua materialização na prática profissional.
Sinopse: A materialização do Processo de Intervenção a partir da prática, pela apropriação dos elementos constitutivos dos processos de trabalho dos assistentes sociais.

Dias da semana: sextas e sábados
Abril: dias 29 e 30
Maio: dias 6 e 7
Horário: 18h30 às 22h30 (sextas) e 9h às 18h30 (sábados)
Matrícula: R$ 35,00
Investimento: Até 3 parcelas de R$ 120,00 ou R$ 360,00 à vista (curso e material didático).

Informações: matrículas@graturck.com.br e (51)3072.0280 (das 13h30 às 17h30)


CURSO: INSTRUMENTAIS TÉCNICOS-OPERATIVOS COM ÊNFASE NA ENTREVISTA REFLEXIVA OU DIALÉTICA (ITO)
CH: 40 HORAS
Ementa: A articulação da Questão Social e dos instrumentais técnicos-operativos com ênfase na entrevista reflexiva e ou dialética e a sua técnica de aplicabilidade na execução dos processos de trabalho dos assistentes sociais pela intencionalidade sustentada nos Fundamentos do Serviço Social.
Sinopse: A apropriação da intencionalidade dos instrumentos a partir da técnica articulada aos Fundamentos do Serviço Social e seu aprofundamento e operacionalização na prática cotidiana através da entrevista reflexiva e ou dialética.

Dias da semana: sextas e sábados
Junho: dias 17 e 18
Julho: dias 1, 2, 15, 16 e 22
Horário: 18h30 às 22h30 (sextas) e 9h às 18h30 (sábados)
Matrícula: R$ 35,00
Investimento: Até 3 parcelas de R$ 260,00 ou R$ 700,00 à vista (curso e material didático).

Informações: matrículas@graturck.com.br e (51)3072.0280 (das 13h30 às 17h30)


CURSO: REDE INTERNA E REDES SOCIAIS
CH: 24 HORAS
Ementa: A Rede Interna como estratégia metodológica na articulação de Recursos Sociais para a construção e consolidação de Redes Sociais na garantia de direitos.
Sinopse: A construção da Rede Interna a partir de experiências profissionais individuais na consolidação do sentido de pertencimento, de responsabilidade e da solidariedade comprometida de cada profissional para a articulação de Recursos Sociais na construção e consolidação de Redes Sociais.

Dias da semana: sextas e sábados
Setembro: dias 9, 10, 23 e 24
Horário: 18h30 às 22h30 (sextas) e 9h às 18h30 (sábados)
Matrícula: R$ 35,00
Investimento: Até 3 parcelas de R$ 120,00 ou R$ 360,00 à vista (curso e material didático).

Informações: matrículas@graturck.com.br e (51)3072.0280 (das 13h30 às 17h30)

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

A INVISIBILIDADE E O SERVIÇO SOCIAL

A invisibilidade pressupõe a não existência. Logo, se é invisível, não existe. Se não existe, como podemos definir a sua existência? O fato de negar a existência abre possibilidades de entender a inexistência pela afirmação da existência. Portanto, entender essa afirmação a partir da negação é dar materialidade à contradição.

Este trocadilho nos ajuda a entender o Serviço Social como profissão que atua na contradição através do que chega à prática miúda dos assistentes sociais, a desigualdade social.

E esta constatação nos leva direto para o conceito de Serviço Social publicado no Wikipedia, que conceitua o Serviço Social “como uma profissão de curso superior cujo objeto de intervenção são as expressões multifacetadas da questão social. Tem contribuições da sociologia, psicologia, economia, ciência política, filosofia, antropologia, pedagogia. O Serviço Social é uma profissão de caráter sócio-político, crítico e interventivo, que se utiliza do instrumental científico multidisciplinar das Ciências Humanas e Sociais para a análise e intervenção nas diferentes “refrações da questão social”, isto é, no conjunto de desigualdades que se originam do antagonismo entre a socialização da produção e a apropriação privada dos frutos do trabalho”.

Em primeiro lugar, quero contestar esta conceituação da profissão que não diz a que veio. As expressões da questão social compõem a materialização da sociedade capitalista. Elas são transversais a qualquer profissão, e o que diferencia as categorias profissionais entre si, para trabalharem com essas expressões multifacetadas é o seu objeto profissional. Logo, se a Questão Social é o objeto genérico do Serviço Social, ele aponta para o espaço do social que a profissão vai ocupar. E, aí, surge a categoria contradição com força, determinando que o Serviço Social vai se ocupar das expressões multifacetadas da Questão Social pela resistência, logo, vai dar visibilidade ao socialmente invisível.

E nesta lógica, emerge a orientação social da profissão – a defesa intransigente dos direitos humanos e a busca por uma sociedade justa e igualitária, dada pelo seu Projeto Ético-Político. A categoria contradição materializa o objeto do Serviço Social, porque, como o referido acima, vai dar visibilidade ao socialmente invisível, aquilo que ninguém quer ver. Isto é, vai desvendar todos os parâmetros de responsabilidade que estão postos em uma situação de violação de direitos explicitada por um sujeito singular. Só assim, a partir dessa compreensão e apropriação, que o Serviço Social adquire um caráter sócio-político e crítico, articulado ao seu caráter eminentemente interventivo, uma característica de sua origem.

Em segundo lugar, quando a Wikipedia diz que o Serviço Social “utiliza de outras profissões”, para intervir na realidade, ela, a Wikipedia, retorna a origem da profissão, trazendo para a contemporaneidade o caráter de subalternidade do Serviço Social que se servia acriticamente das outras profissões. Deixa de levar em conta uma das categorias teóricas do Método Dialético Materialista, a totalidade, que implica em se apropriar de um fenômeno a partir do conhecimento construído através do paradigma marxista e das teorias críticas. Deixa de lado a própria construção do conhecimento que o Serviço Social vem brindando a décadas a categoria, por inúmeros assistentes sociais, que através da pesquisa, trazem uma nova compreensão teórica de interpretar as expressões da Questão Social materializadas na prática miúda destes profissionais.

Em relação ao instrumental, mais uma vez a incoerência se faz presente neste conceito. Sabemos que o instrumental científico está disponibilizado para qualquer profissão utilizar. O que vai diferenciar é a intencionalidade de seu uso a partir dos fundamentos teóricos metodológicos que dão sustentação a própria existência da profissão. E trazer somente a desigualdade para o contexto do Serviço Social como único produto da Questão Social, é ter uma visão reducionista da realidade posta pela relação capital e trabalho, sem levar em conta a categoria contradição que permite a apropriação da Questão Social pela desigualdade social e pela resistência. E se a resistência é um espaço a ser conquistado porque ela é invisível, se não a capturarmos, nós, assistentes sociais, estaremos fadados a continuarmos a conceituar a profissão a partir do Serviço Social tradicional, teoricamente superado pelos seus fundamentos, deixando de lado a resistência que traz a lógica do direito para viabilizar o Projeto Ético-Político profissional que dá a orientação social da profissão.

Assistente Social Maria da Graça Maurer Gomes Turck