Assistente Social Ana Lúcia Suarez Maciel
Assistente Social Rosa Maria Castilhos Fernandes
Assistente Social Rosa Maria Castilhos Fernandes
Não é de hoje que o projeto social constitui-se num importante instrumento para o planejamento da intervenção social, sendo utilizado de forma recorrente pelos trabalhadores sociais. Entretanto é cada vez mais evidente a necessidade do desenvolvimento de competências para utilização desse instrumento. Instrumento que deve ser compreendido como estratégia e meio para o trabalho profissional, pois os instrumentos não se deslocam da totalidade do processo de trabalho dos profissionais. Ao contrário, é um instrumento que pode, se bem utilizado, potencializar uma ação dirigida à transformação de uma dada realidade.
Sabemos o quanto a elaboração de projetos requer a participação e reflexão das pessoas, de grupos e de organizações sobre as situações do cotidiano, de uma realidade problemática, portanto complexa e contraditória, e a partir daí gerar alternativas de solução para a superação da situação apresentada por meio de mudanças inovadoras. Por isso, não são uma ação isolada e requer a capacidade de articular diversos interesses, dos envolvidos com o problema, bem como de efetuar uma leitura adequada do contexto onde a proposta será estruturada e implementada.
Projetos fazem parte da instrumentalidade da ação profissional que delimitam a intervenção quanto aos objetivos, metas, formas de atuação, prazos, recursos, responsabilidades e avaliação. É por meio dos projetos sociais que se organizam as ações e as práticas sociais que desencadeiem a transformação de determinada realidade social.
Um conjunto de cartilhas, de artigos e de guias, que encontramos no acervo sobre o tema, contribui com a disseminação da importância da elaboração dos projetos sociais no contexto social, econômico e político atual, demonstrando passos e maneiras de sistematizar o traçado da operacionalização de um conjunto de ações.
Contudo, existem diferentes modos de elaborar um projeto, que estará de acordo com o campo sob o qual irá incidir a ação, como, por exemplo, uma atividade no campo educacional, no campo econômico ou em processos específicos, como de capacitação profissional e de pesquisa. Ademais, um projeto pode vir acompanhado de um roteiro, e pode se diferenciar, dependendo das necessidades e exigências próprias do órgão de execução e/ou financiador.
Diante dessa realidade, é possível afirmar que planejar, não é uma tarefa fácil! O ato de planejar requer uma compreensão da dimensão política que perpassa o processo de planejamento, pois este surge em um momento histórico, em que se desencadeia o reconhecimento da necessidade de uma ação sistemática que possa responder às situações postas. Associada a dimensão política, soma-se o conhecimento técnico que articulado às competências negocial e relacional, na mediação com os principais envolvidos com o projeto, são os aspectos que tendem a favorecer a boa elaboração de um projeto. Se este, por sua vez, estiver bem feito, a tendência de que a sua materialização venha ao encontro do que foi planejado, cresce proporcionalmente. Assim, como o contrário, também, tende a ser verdadeiro.
De modo geral, nossa experiência tem demonstrado que o ensino da elaboração de projetos somente é incorporado, à medida que é acompanhado de uma proposta prática, pois é na experiência concreta que os sujeitos constroem as mediações para a apreensão do conhecimento. É essa a proposta da GRATURCK para o curso de Elaboração de Projetos.
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