sexta-feira, 3 de novembro de 2006

Redes Sociais

Nos dias 30 e 31 de outubro foi ministrado o Curso de Recursos e Redes Sociais. Cerca de 30 representantes de instituições - como APAE, entidades que cuidam de idosos, Abrigos, o Canta Brasil, dentre outros - participaram utilizando as suas vivências e a discussão teórica sobre importantes categorias na criação de Redes. Os temas seguintes foram aqueles abordados com mais intensidade: identidade individual e coletiva, auto-conhecimento e pertencimento.

Partindo-se do pressuposto da quebra de paradigmas, que estão incrustrados na cultura de uma sociedade como a brasileira, para a construção de uma Rede, alguns outros pontos foram sendo observados nos participantes: paciência, frustração, mediação, confiabilidade, interesse comum, ética, inveja, poder, competição, protagonismo e espectador.

Com o passar do curso, então, o grupo foi se dando conta que um processo de Rede tem uma lógica própria e única e o que vai se agregando é um conhecimento específico em relação à demanda que se vai trabalhar. E que Rede, antes de tudo, se dá a partir de uma sinergia entre sujeitos em relação a um objetivo comum, que demanda responsablidade, compromisso, comunicação, concepção de mundo e movimento.

"Falar em Rede é fácil, o difícil é o movimento que se deve realizar para a construção de uma estratégia metodológica de intervenção, que se constitui a Rede. O movimento que se vai realizar para estar na Rede, por si só, já é difícil, porque devemos sair da posição de mando, de disputa, para se compartilhar nas diferenças e na busca da garantia de direitos" - analisa a Assistente Social e Professora Maria da Graça Türck.

"Ao terminar o Curso, saí na certeza de que o caminho para consolidar a estratégia de Rede é arduo e difícil de se trilhar, porque o movimento depende da nossa própria mudança e não basta querer, temos que ir para a ação para podermos articular as instituições em Rede para a garantia de direitos. É uma luta permanente e constante, porque é mais fácil a posição vitimizadora e conformista, que faz parte de nossa cultura individualista, do que a de protagonista que sempre tem que se tomar decisões" - completa.

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