terça-feira, 20 de fevereiro de 2007

SERVIÇO SOCIAL E OS ESPAÇOS SÓCIO-OCUPACIONAIS OU INSTITUCIONAIS

Não existe um dia na vida de um assistente social que ele, ao se defrontar com espaços sócio-ocupacionais ou institucionais diferenciados, não se pergunte: E agora?

Por trás deste questionamento está posta a eterna insegurança que nós manifestamos constantemente em relação à articulação teórico-prática.
Em sua essência esta questão nos confronta com a consolidação de nossa identidade ao nos depararmos com o objeto dado aos assistentes sociais pela própria instituição. Eis aí, o grande desafio. Como trabalharmos com o objeto institucional sem que o mesmo se torne o nosso próprio objeto e a nossa identidade profissional se torne a do próprio espaço sócio-ocupacional ou institucional? Será que sempre necessitamos reinventar nosso processo de trabalho? Será que ele deve ser sempre diferente a partir de cada demanda institucional?

Podemos então refletir um pouco a partir desta constante angústia profissional que nos acompanha cada vez que nos defrontamos com espaços sócio-ocupacionais ou institucionais, que trabalham com demandas/objetos institucionais diversificados.
A Questão Social como objeto do Serviço Social leva, a nós, assistentes sociais, a nos inserirmos, nos mais diferentes espaços de trabalho, porque ao assumirmos como nosso Projeto Ético-Político a “defesa intransigente dos direitos humanos e a busca por uma sociedade mais justa e igualitária” abrimos um amplo e imenso universo de trabalho posto em um só espaço, o da resistência. Logo, a orientação social dada pelo Projeto Ético-Político define onde devemos chegar e qual o objetivo profissional que devemos atingir. Sempre será a garantia de direitos, porque vamos trabalhar com usuários que trazem em suas vidas as mais diferentes expressões da Questão Social.

É necessário, portanto, articular os fundamentos teórico-metodológicos, éticos-políticos e técnico-operativos e consolidar a identidade profissional nestes espaços, a partir da finalidade, objeto e objetivos do Serviço Social. Ao re-elaborarmos o objeto, o movimento seguinte é continuarmos nos apropriando e aprofundando o conhecimento da demanda institucional para então instituir e consolidar o nosso processo de trabalho. Este, sempre terá o mesmo eixo. O que será diferente? Será um espaço do outro, com demandas institucionais diversificadas que estarão indicando como a Questão Social se configura naquela instituição ou naquele espaço sócio-ocupacional.

Não podemos a cada desafio, inventar a roda. É necessário, isto sim, aprofundar o conhecimento através de estudo permanente para que a realidade que emerge da Questão Social não nos aprisione por um conhecimento cristalizado e desconectado com os desafios que esta mesma realidade nos brinda a cada dia.

4 comentários:

Anônimo disse...

Concordo minha querida professora, mas quando a instituição não quer um processo de trabalho novo, acredito que usual e o melhor caminho?
Devemos enfrentar a dinamica colocada, e corremos riscos?

Anônimo disse...

Tenho uma dúvida: Quais foram as alterações nos espaços ocupacionais do Assistente Social?E quais foram as causas para ele ser um trabalhador assalariado?

Anônimo disse...

Bom , não concordo com meu (inha) colega as alterações nos espaços foram muitas inclusive a do reconhecimento do outro (ser),saber distinguir e decifrar as vulnerabilidades existentes e não apenas dar por dar, não é mais asssim pela nova ótica da profissão.

Anônimo disse...

Bom , não concordo com meu (inha) colega as alterações nos espaços foram muitas inclusive a do reconhecimento do outro (ser),saber distinguir e decifrar as vulnerabilidades existentes e não apenas dar por dar, não é mais asssim pela nova ótica da profissão.