
Nada é igual. O igual é o aparente, que não explicita o movimento das superações sucessivas que acontecem todos os dias, a todos os momentos.
Trabalho de Conclusão de Curso para os futuros Assistentes Sociais é um momento único na vida de quem aceita o desafio de ir em busca da síntese de anos de aprendizagem, às vezes articulada, às vezes fragmentada. É um movimento de superações, não só do conhecimento, mas de superações de nossa própria vida, porque ele implica em tomada de decisões. Decisões de ir fundo e sair renovada, diferente, satisfeita, porque estou nele. Porque, ao buscar a articulação do conhecimento a partir das Diretrizes Curriculares do Serviço Social, vou aos poucos compreendendo a profissão que escolhi. E sinto um friozinho percorrendo minha espinha.
Esta profissão não flexibiliza a realidade. Não dialoga com a mesmice. Não contemporiza com a dubiedade. Não aceita a argumentação teórica que ignora a desigualdade. Pelo contrário, ao nos apropriarmos dos Fundamentos Teórico-Metodológicos, Ético-Políticos e Técnico-Operativos, vamos nos dando conta que o Serviço Social tem um lado.
O que é o fim, para alguns, é sempre um recomeço para os Assistentes Sociais que caminham na luta pelos direitos.
Logo, orientar Trabalho de Conclusão de Curso é estar construindo junto aos alunos um conhecimento vivo, porque ele se articula com o vivido e traz presente esta profissão difícil de encarar, porque ela exige posição, concepção de mundo e um vir a ser que constantemente renova o anteriormente aprendido.
Portanto, o fim traz na sua essência o recomeço, um recomeço que não aceita conformismo, acomodação e conhecimento aos pedaços, porque “tem que partir ao mesmo tempo do pré-existente e do esperado, recorrer não só ao contexto imediato, mas também ao passado e à expectativa do futuro” (ARRUDA).
Maria da Graça Maurer Gomes Türck
Foto: Fabiana Mendonça (Catarse - Coletivo de Comunicação)