terça-feira, 15 de maio de 2012

ASSISTENTE SOCIAL, OUSADIA, CONHECIMENTO, SUBJETIVIDADE E RESISTÊNCIA!

Ser assistente social é refletir e atuar cotidianamente na contramão do que está aí, logo, se apropriar da contradição no tempo miúdo que se exprime no cotidiano profissional. É na ocupação deste espaço que a ótica dos direitos aponta o caminho a ser trilhado por todos nós, na defesa intransigente dos direitos humanos e na luta por uma sociedade justa e igualitária. Mas, para tanto, é necessário agregar a ousadia em nosso cotidiano.

A ousadia capaz de possibilitar a superação da invisibilidade social que a sociedade capitalista ocidental relega aos sem direitos. A ousadia de enfrentar os preconceitos, começando com os nossos próprios, que inviabiliza a escuta e a capacidade de ver além do aparente. Mas trabalhar na ótica dos direitos é privilegiar o conhecimento pela raiz Marxista que dá sustentação aos Fundamentos do Serviço Social. Sem conhecimento profundo do Método, os fenômenos, que nos chegam pela fala do sujeito, se perdem na poeira da burocracia, relegando a profissão à resolução de problemas pontuais e imprimindo ao exercício profissional a desesperança, logo, o fazer por fazer com eficiência servindo aos interesses de quem concentra o lucro pela desigualdade social.

É importante não esquecer que a subjetividade é fundamental, porque é a partir dela, compreendida pelos Fundamentos do Serviço Social, que vamos dar movimento as vidas dos sujeitos através da totalidade apropriada na singularidade – o sujeito como unidade dialética.

No entanto, só poderemos ser assistentes sociais ao materializarmos nosso Projeto Ético-Político pela ocupação do espaço de resistência que deve ser explicitado a partir da contradição. É através dela que vislumbramos e materializamos o espaço para o enfrentamento a desigualdade social que tão prodigamente a sociedade capitalista ocidental nos brinda cotidianamente pelos lugares em que nosso olhar alcance.

Portanto, neste dia 15 de maio, brindemos a esperança de conseguir ver que é possível construir espaços de luta e de resistência, quando a ousadia e o conhecimento se articulam para garantir a defesa intransigente dos direitos humanos e a luta por uma sociedade justa e igualitária.

Feliz dia dos assistentes sociais, dia de consolidar espaços de resistência!
Assistente Social Maria da Graça Türck

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