O Estado a serviço do capital:
Família é despejada na Vila São Judas Tadeu
Porto Alegre, janeiro de 2010
Dia 14 de janeiro vai ficar marcado para uma família de peruanos que vive legalmente na Vila São Judas Tadeu, Porto Alegre, há mais de 5 anos. Com três filhos (9, 6 e 3 anos) eles foram despejados pela “justiça” e pela Brigada Militar da casa em que moravam.
Nossa comunidade é uma área pública em processo de Regularização Fundiária e reconhecida como AEIS (Área Especial de Interesse Social, ou seja, voltada para moradia) desde 2001.
O sr. Ildo Manica, que não é morador da comunidade, mantém em nossa Vila 10 casas de aluguel, uma igreja evangélica - da qual é pastor e vice-presidente - e a Serralheira Partenon (situada de frente para Av. Ipiranga) ganhou na nossa “justiça” uma ação de reintegração de posse.
Como pode, em uma área com estas características, a “justiça” dar ganho de causa para alguém que não reside na comunidade, que explora famílias pobres e ainda mantém comércios na Vila?
A família foi acolhida pelos moradores. Eles estão, provisoriamente, em uma casa cujo morador está com o filho no hospital. O pai trabalha como marceneiro e eles mantém uma banca embaixo do viaduto de pedestres do Hospital da PUC. Os filhos estão em escola pública.
A comunidade está indignada! As leis estão só no papel. Falar e escrever sobre o direito à moradia e a função social da propriedade é uma contradição diante desta ação imposta pela nossa “justiça”.
O vídeo mostra toda a ação, acompanhada de perto pelo sr. Ildo, que inclusive colocou seus funcionários a arrombarem a porta da residência com a mãe e os 3 filhos dentro. O pai estava trabalhando.
- do Blog da AMOVITA
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