Chegada ao Anhembi
A.S. Rosa Souza, A.S. Regina Martins, A.S. Maria da Graça Türck e Est. S.S. Daiane F. Oliveira
Abertura do evento
Depoimentos de sujeitos que participaram do Congresso da Virada em 1979: Leila Lima, Vicente de Paula Faleiros, Josefa Batista Lopes, Márcia Pinheiro, Luiza Erundina, Maria Inês Bravo, Mariângela Belfiori, dentre outros nomes.
-
O Congresso da Virada:
Hora de reafirmar e consolidar o Projeto Ético-Político do Serviço Social
Trinta anos passaram de um tempo em que a categoria dos assistentes sociais, articulada e comprometida com a classe trabalhadora fez, no III CBAS, a ruptura com a posição conservadora que dominava parte da categoria e destituiu a comissão de honra daquele Congresso (1979) composta pelo ditador Gal. João Batista Figueiredo e seus ministros, Murilo Macedo (do Trabalho), Jair Soares (da Previdência e Assistência Social), Paulo Salim Maluf (governador biônico do estado de São Paulo) e Reynaldo Emydio de Barros (prefeito da cidade de São Paulo), e a substituiu pelos representantes da classe trabalhadora do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo que, na época, fazia frente à Ditadura, que comandava a repressão contra qualquer movimento social que a confrontasse na defesa dos seus direitos ameaçados.
Rememorar este momento é se orgulhar desta profissão que ao assumir uma outra orientação social, materializou para as novas gerações de profissionais que é preciso ousar, é preciso caminhar na resistência, que só assim é possível consolidar a profissão.
Dentre vários nomes de assistentes sociais que assumiram a liderança deste momento, a assistente social Luiza Erundina foi um marco na ruptura do atrelamento ao conservadorismo que durante décadas demarcou a subserviência profissional.
E, hoje, aos 75 anos, Luiza Erundina, ex-prefeita de São Paulo, assistente social combativa, defensora dos direitos, foi condenada no dia 30/10/2009, pelo Supremo Tribunal Federal, por malversação do dinheiro público, tendo que devolver aos cofres municipais R$ 350.000,00.
"Seu crime foi ter impresso cartazes explicando à população que os ônibus municipais de São Paulo não circulariam nos dias 14 e 15 de março de 1989 em apoio a greve geral convocada pela Central Única dos Trabalhadores. A greve havia sido convocada em protesto contra o 'Plano Verão', uma das últimas tentativas do então presidente José Sarney de salvar o Plano Cruzado." (IstoÉ, 12/11/2009).
É assim que a classe dominante, e o seu conservadorismo, trata a honestidade, o respeito as diferenças e o respeito aos direitos. Ela não precisa fazer nenhum esforço, a Justiça costumeiramente escolhe o seu lado, como o fez ao liberar o banqueiro Daniel Dantas e condenar a assistente social, gestora, por informar a população de São Paulo (1989) que os trabalhadores tinham o direito de reivindicar seus direitos.
Trinta anos da Virada, a assistente social Luiza Erundina apoiada pela categoria deu uma lição do que significa uma ação política profissional. E hoje, aos 75 anos, não perdeu os sonhos, acredita que esta profissão deve enfrentar o conservadorismo que teima em voltar para destruir o Projeto Ético-Político profissional e colocar a categoria dos assistentes sociais novamente de joelhos.
O Congresso da Virada é o registro histórico de uma categoria profissional que, amaparada na luta dos trabalhadores, enfrentou a Ditadura e assumiu o seu lugar de luta - na Resistência!
Qual á a nossa dívida neste momento em que o Supremos Tribunal Federal pune de uma forma injusta aquela que, na função pública, como gestora de uma cidade como São Paulo, reconheceu o direito dos trabalhadores em lutar por seus direitos? Como defender esta assistente social que em 1979, junto com a categoria, consolidou na ação política o Projeto Ético-Político profissional?
Honrar o Congresso da Virada e a conquista do Projeto Ético-Político é assumir coletivamente uma posição em relação à punição à assistente social gestora, Luiza Erundina. Devemos cobrar uma posição pública dos nossos órgãos de classe e nos engajarmos numa campanha, a partir do CFESS, para arrecadação do dinheiro necessário para que possa cobrir os R$ 350.000,00 que o Supremo Tribunal Federal a penalizou por defender direitos.
Punir a assistente social Luiza Erundina é a tentativa da classe dominante dizer em alto e bom som, através da lei, que só alguns tem direitos.
Uma categoria que tem o Projeto Ético-Político como orientação social, deve se manifestar na defesa desta assistente social que nos legou, com sua força e posição, junto a todos os outros profissionais, a capacidade de ousar e de estar ao lado da população excluída de direitos, na defesa cotidiana destes direitos!
Rememorar este momento é se orgulhar desta profissão que ao assumir uma outra orientação social, materializou para as novas gerações de profissionais que é preciso ousar, é preciso caminhar na resistência, que só assim é possível consolidar a profissão.
Dentre vários nomes de assistentes sociais que assumiram a liderança deste momento, a assistente social Luiza Erundina foi um marco na ruptura do atrelamento ao conservadorismo que durante décadas demarcou a subserviência profissional.
E, hoje, aos 75 anos, Luiza Erundina, ex-prefeita de São Paulo, assistente social combativa, defensora dos direitos, foi condenada no dia 30/10/2009, pelo Supremo Tribunal Federal, por malversação do dinheiro público, tendo que devolver aos cofres municipais R$ 350.000,00.
"Seu crime foi ter impresso cartazes explicando à população que os ônibus municipais de São Paulo não circulariam nos dias 14 e 15 de março de 1989 em apoio a greve geral convocada pela Central Única dos Trabalhadores. A greve havia sido convocada em protesto contra o 'Plano Verão', uma das últimas tentativas do então presidente José Sarney de salvar o Plano Cruzado." (IstoÉ, 12/11/2009).
É assim que a classe dominante, e o seu conservadorismo, trata a honestidade, o respeito as diferenças e o respeito aos direitos. Ela não precisa fazer nenhum esforço, a Justiça costumeiramente escolhe o seu lado, como o fez ao liberar o banqueiro Daniel Dantas e condenar a assistente social, gestora, por informar a população de São Paulo (1989) que os trabalhadores tinham o direito de reivindicar seus direitos.
Trinta anos da Virada, a assistente social Luiza Erundina apoiada pela categoria deu uma lição do que significa uma ação política profissional. E hoje, aos 75 anos, não perdeu os sonhos, acredita que esta profissão deve enfrentar o conservadorismo que teima em voltar para destruir o Projeto Ético-Político profissional e colocar a categoria dos assistentes sociais novamente de joelhos.
O Congresso da Virada é o registro histórico de uma categoria profissional que, amaparada na luta dos trabalhadores, enfrentou a Ditadura e assumiu o seu lugar de luta - na Resistência!
Qual á a nossa dívida neste momento em que o Supremos Tribunal Federal pune de uma forma injusta aquela que, na função pública, como gestora de uma cidade como São Paulo, reconheceu o direito dos trabalhadores em lutar por seus direitos? Como defender esta assistente social que em 1979, junto com a categoria, consolidou na ação política o Projeto Ético-Político profissional?
Honrar o Congresso da Virada e a conquista do Projeto Ético-Político é assumir coletivamente uma posição em relação à punição à assistente social gestora, Luiza Erundina. Devemos cobrar uma posição pública dos nossos órgãos de classe e nos engajarmos numa campanha, a partir do CFESS, para arrecadação do dinheiro necessário para que possa cobrir os R$ 350.000,00 que o Supremo Tribunal Federal a penalizou por defender direitos.
Punir a assistente social Luiza Erundina é a tentativa da classe dominante dizer em alto e bom som, através da lei, que só alguns tem direitos.
Uma categoria que tem o Projeto Ético-Político como orientação social, deve se manifestar na defesa desta assistente social que nos legou, com sua força e posição, junto a todos os outros profissionais, a capacidade de ousar e de estar ao lado da população excluída de direitos, na defesa cotidiana destes direitos!
Assistente Social Maria da Graça Maurer Gomes Türck