terça-feira, 7 de abril de 2009

Diário de uma Estagiária 1

COMPARTILHANDO EXPERIÊNCIAS, CONSTRUINDO CAMINHOS!
O que seriam dos espaços de resistência se não se abrissem lugares para pessoas apaixonadas pela profissão e comprometidas com o Projeto Ético-Político do Serviço Social atuarem? Certamente não se estaria consagrando o movimento que o sopro da inexperiência, da vida, da esperança e da superação, articulados entre si, dão condições para explicitar a contradição em que a dialética acontece.
Sendo assim, abrimos espaço para dialogar com a nossa estagiária, Daiane Flores de Oliveira, para que ela possa compartilhar dúvidas, experiências e inquietações nos textos mensais que brindará este site ao trazê-los na forma de Diário.

Bem-vinda, Daiane!


DIÁRIO DE UMA ESTAGIÁRIA: minha inserção na GRATURCK
Sempre imaginei que conforme os semestres fossem passando, menos dúvidas me acompanhariam. Mas o processo foi inverso.
Mesmo que, a cada disciplina concluída, novos conhecimentos sejam adquiridos e novas experiências agregadas, também novos questionamentos surgem e outros antigos permanecem.
Porém, um questionamento em especial me acompanhava há algum tempo: qual o objeto de trabalho do Serviço Social?
Ok. A resposta pronta temos de imediato: as expressões da Questão Social.
Mas, o que é de fato esta tão mencionada Questão Social? Como a “vemos” no nosso dia-dia? De que forma identificamos suas expressões ao atendermos um usuário?
Isso tudo sempre fez - e ainda faz - com que eu me criticasse por não ter claro algo que, no meu entendimento, é essencial dominar/conhecer.
Percebi que a “culpa” não era só minha. Pois também vi outros alunos que não tinham completo entendimento sobre a Questão Social e sua materialização. Percebi que só os ensinamentos da sala de aula da faculdade não eram suficientes.
Foi também por isso que há três anos tomei a decisão de fazer uma renúncia para poder fazer uma escolha: saí do meu emprego para iniciar estágio extracurricular em Serviço Social. E, também nesses espaços, vi muitos colegas – profissionais já formados e outros estagiários – que, pela forma como exerciam seu trabalho e expressavam suas idéias, me faziam entender que também não tinham claro o que era realmente o seu objeto de trabalho.
Através da busca por fontes que pudessem me auxiliar no desvendamento das perguntas que insistiam em fazer parte dos meus pensamentos, em 2008 descobri a existência da GRATURCK. Acessando o site, pude ler alguns artigos, verificar os cursos oferecidos e conhecer um pouco da sua proposta de trabalho. Me apaixonei pelo que pude compreender se constituir em um espaço interessante para o Serviço Social e vi nos seus cursos de qualificação a possibilidade de me completar como futura profissional.
Logo, surgiu uma oportunidade melhor ainda, que nem em sonhos eu imaginava ser possível, o espaço que eu me propus a ocupar na GRATURCK se constituiu em um campo de estágio extracurricular e, mais tarde, também foi dada a mim a possibilidade de realizar meu estágio curricular.
Bom... Corri atrás de meus objetivos, as coisas certas foram ocorrendo no momento certo e cá estou eu, realizando estágio, com muito orgulho e satisfação, neste espaço tão especial que tem sido para mim.
Sei que muito estudo e trabalho me aguardam nesse novo caminho, e que o aprendizado, assim como já vem sendo, permanecerá fazendo parte do meu cotidiano.
A vida é uma constante transformação. Sempre temos algo a ensinar e muito a aprender.
Penso que mais importante do que sabermos muito é sermos capazes de saber o que ainda precisamos aprender. E saber disto me impede a acomodação diante de mim mesma e de minhas inquietações.

Est. Daiane Flores de Oliveira

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