quarta-feira, 25 de maio de 2011

A RETOMADA!

Após uns dias de recesso, sem comparecer no site com algumas reflexões, estou voltando.
Mas por que de repente parei de escrever?
Às vezes, ficamos no vazio e entramos num processo intimista em que questionamos tudo que está ao nosso redor. Foi o que aconteceu comigo.
Ao findar o curso de Perícia Social (16 de Abril), na GRATURCK, passamos a refletir sobre a profissão com mais intensidade. Algumas questões sempre permanecem sem resposta e sem possibilidades de superação. Aí, retomamos novamente a formação. As mesmas questões aconteceram nas oficinas de articulação teórica-prática, na materialização da Proteção Social Básica nos CRAS de Gravataí/Rs que foram finalizadas em 16 de Maio de 2011.
As questões continuam e permanecem no âmbito da categoria dos assistentes sociais. Elas se fundam na identidade profissional, no seu objeto e nos fundamentos teórico-metodológicos no exercício profissional cotidiano.
Algo está desarticulado com certeza!
E nesta caminhada tenho me inteirado sobre as questões que vão emergindo nos cursos, nas oficinas, nos encontros, o descompasso entre a teoria e a prática. Mas este descompasso não acontece pela dificuldade de articulação, mas pela falta de conhecimento dos fundamentos do Serviço Social. E a formação reaparece com intensidade. Não sei se é intencional, mas começa a emergir um descompromisso com a profissão. Não é possível ouvir o desconhecimento de muitos profissionais sobre a trajetória histórica da profissão. Das lutas dos assistentes sociais para dar cara e competência a esta profissão no contexto social em que vivemos, demarcando o espaço de resistência como o nosso campo de luta. Não sei se é a dificuldade de apropriação da contradição como a categoria que dá sentido e identidade ao Serviço Social lhe indicando o caminho e seu estar no mundo. Ou não!
Só sei que está na hora de todos os profissionais construírem um coletivo profissional a partir de um objetivo comum, respeitando as diferenças e buscando na horizontalidade, possibilidades de consolidar esta profissão que a partir de seus fundamentos, diz a que veio e porque está aí, na defesa intransigente dos direitos humanos e na busca de uma sociedade justa e igualitária.
Assistente Social Maria da Graça Maurer Gomes Turck

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