O que ficou foi a certeza de que é necessário encontrar caminhos em que a garantia de direitos deve ser preservada para todos, o respeito às diferenças e o controle à ganância dos sujeitos e dos povos. Mais ainda, então, surgia a certeza da maravilha que é este país, o Brasil, com sua diversidade cultural, com suas matas, serras, coxilhas, seu manancial de alimentos, seu sol, suas praias, mas observando que é preciso urgentemente se criarem condições de espraiar a educação e a cultura para superar a imposição predatória de uma elite que consolida a desigualdade social.
Com a materialização da Questão Social no leste europeu na cabeça, cheguei rápido e fui para Santa Maria (27 e 28/08) para uma oficina de 16 horas sobre instrumentais técnicos-operativos com assistentes sociais articulados ao NUCRESS da região. Foi um encontro maravilhoso, pois pudemos discutir a profissão à luz dos fundamentos do Serviço Social, a partir do Método Dialético Materialista, e, mais uma vez, constatar a importância do aprofundamento do conhecimento, de superar o conhecimento superficial, a necessidade de qualificar a profissão para materializar o nosso Projeto Ético-Político profissional na garantia de direitos. E como é bom compartilhar conhecimentos com grupos comprometidos como este de Santa Maria.
Seguindo a caminhada, embarquei para Teixeira de Freitas (30/08 a 02/09), localizada no extremo sul da Bahia, para trabalhar com os participantes do Fórum para o Fortalecimento da Rede Intersetorial do município. O foco do trabalho que desenvolvemos foi a Rede Interna, já que a experiência profissional sempre aponta para a dificuldade desta formação para se articular processos de trabalho que garantam a articulação de políticas públicas na garantia de direitos. Foi uma experiência ímpar, no conhecimento de uma região que desconhecia, na convivência com profissionais comprometidos e com a certeza de que é possível construir Redes Internas quando se tem um objetivo comum.
Retornando da Bahia, fui a Ijuí, interior do Rio Grande do Sul, para participar como palestrante da I Jornada de Saúde Mental do Hospital Bom Pastor (09 a 10/09), com o tema "Família como Espaço de Manutenção ou de Superação da Dependência Química". A fala se centrou exatamente no espaço da família como um local de contradição, onde as vias da desigualdade e da resistência se materializam e expressam a sociedade que esta aí, logo, as famílias não estão imunes ao que acontece na sociedade capitalista que busca constantemente transformar o sujeiro de direito em mero consumidor.
Ufa!
Um comentário:
Maria da Graça, estive em Ijui e posso garantir que as palestras e primeiramente a sua, estavam otimas. Boa iniciativa do hospital, pois os profissionais carecem de informação e formação nessa prblemática.
Foi bom rever vc.
Abraços....
Marcia Kurz - Tapera/RS
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