Inicio o ano de 2011 com a mesma questão que me acompanha ao longo de minha trajetória profissional: por que a formação não dá conta desta articulação? Por que os Fundamentos do Serviço Social muito bem apropriados por estes profissionais não chegam a serem materializados na prática? Existem várias inferências sobre esta realidade da prática miúda dos assistentes sociais. Inferências estas que ouso expor algumas, para o debate:
- Falta de maior rigor na formação teórica;
- Falta de ir às fontes para ensinar a teoria e o Método em Marx;
- Dificuldades de materializar o Método na “prática miúda” dos assistentes sociais;
- A não inclusão da Questão Social como eixo de articulação dos currículos;
- O desconhecimento do Projeto Ético-Político profissional como orientação social da profissão e como este desconhecimento repercute na sua “prática miúda”;
- A não apropriação da contradição como materialidade para executar a mediação teoria e prática.
Enquanto o fosso entre a prática e a teoria continuar aumentando, a profissão continuará se fragilizando, porque a escuta continuará inútil. A academia permanecerá no seu espaço e a prática continuará no andar de baixo construindo práticas distanciadas dos Fundamentos da profissão.
Esperamos que 2011 possa possibilitar o diálogo reflexivo que movimente a discussão da profissão agregando os Fundamentos a “prática miúda” dos assistentes sociais.
Assistente Social Maria da Graça Maurer Gomes Turck
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